sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

DO MEIO-DIA À MEIA-NOITE II

Em 13.05.2024 o Respeitável Irmão Pedro Rodrigues Bueno Junior, Loja Ypiranga, 83, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, faz a pergunta seguinte:

 

DO MEIO DIA À MEIA NOITE

 

Mais uma vez venho me socorrer dos conhecimentos do querido Irmão para entender a seguinte questão:

Recentemente estive em uma Exaltação e no final da sessão o novo Mestre fez o seguinte questionamento: Se consta em nossos Rituais (REAA) que trabalhamos do Meio-Dia à Meia-Noite, qual a explicação para o texto existente no Ritual de Exaltação (REAA) - pág. 116 que diz: - Sabendo que H ia sempre orar no Templo ao meio-dia, hora em que os obreiros
descansavam
(...).

Se trabalhamos do Meio-Dia à Meia-Noite como podemos interpretar esse trecho do Ritual (que os Obreiros descansavam ao meio-dia)? Ou é um simples erro de impressão que será corrigido futuramente?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Em Maçonaria não há como generalizar os seus conceitos e práticas iniciáticas. É preciso antes vislumbrar em que contexto a alegoria ou o símbolo se encaixa.

No caso da expressão Meio-Dia, quando aplicada na narrativa da Lenda do 3º Grau, literalmente ela se refere à hora do dia em que H costumava se recolher para orar no Templo. Nesse caso é uma expressão pontual que marca uma ação em uma determinada hora. Esotericamente, se reporta à plenitude da Luz; a hora me maior iluminação.

A expressão “do meio-dia à meia-noite é um elemento figurado de duração de tempo. Em linhas gerais se reporta ao tempo diário de trabalho do maçom (da plenitude da Luz até o ocaso do Sol). Sob a óptica do tempo de vida, o maçom deve trabalhar desde a sua juventude (meio-dia) até a sua idade senil (meia-noite).

H, o personagem lendário, é o símbolo do Sol e a lenda hirâmica é a sua alegoria. Na verdade, o iniciado vive esta alegoria que, baseada nos cultos solares da antiguidade, revela o seu nascimento, vida e morte – o morrer para renascer na Luz. O Mestre (o Sol), em todo o esplendor da sua sabedoria (Meio-Dia) foi m por t mm CComp justamente quando Luz (a Sabedoria) se fazia plena. A ignorância, representada por J, J e J (inverno) golpearam a Sabedoria (Luz) e prevaleceu a escuridão. Morre a Natureza e a Terra fica v do Sol.

Desta forma, a Lenda de H está descrita corretamente no ritual, assim como também está correta a dialética da abertura e encerramento dos trabalhos. A lenda é um teatro que revela esotericamente a morte e o renascimento do Iniciado. Já dialética ritualística, no ritual revela a atividade diária do maçom durante a sua vida.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

JAN /2025

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