Em 15.01.2020 o Respeitável Irmão, Luiz Antonio Varzini, Loja Conselheiro Ramalho, REAA, GOB-SP, Oriente de Mogi Mirim, Estado de São Paulo, apresenta a questão que segue:
POSIÇÃO DOS PÉS NO SINAL DE ORDEM E NA MARCHA.
No dia 08 de dezembro p.p. a ARLS Conselheiro
Ramalho realizou Sessão Virtual, quando foi feita a leitura e, posteriormente,
comentários sobre as Orientações constantes no SOR (site do GOB). Nessa
oportunidade apenas sobre a Sessão Ordinária.
Uma dúvida surgiu. A que está exposta abaixo.
Ritualística – REAA – Site do GOB
Item 23 – Sinal de Ordem.
No Texto editado no Ritual consta “... p. esq.
voltado para frente, ...”
Na Orientação: I - “... os pp. unidos
pelos cc. em esq. posicionados normalmente. No REAA as interseções
(cruzamentos) das linhas oblíquas do Pav. Mos. orientam os passos e a posição
de para onde os pés ficam voltados (apontados).” – II - .... “Subentende-se que
o formato aproximado simboliza a esquadria.”
Na Justificativa - “... Seguindo o Pav.
Mos., no REAA o pé esq. não fica especificamente voltado para frente.
Aproximadamente os pés se posicionam conforme o cruzamento das linhas oblíquas
que formam o pavimento.”
Ritual – Pág. 40 – Marc.– Est∴ à Or∴ dar
tr∴ ppas∴ para a fr∴ com
o p∴ esq∴ e unin∴ o p∴ dir∴ em
esquad∴ a
cada pas∴, de
maneira a ter os ccalc∴ uun∴ a cada pas∴,
depois fazer o sin∴ gut∴ em cumpr∴ às
LLuz∴.
Dúvida – O Pav. Mos. da “nossa” Loja é
disposto na forma de quadrados e não de linhas oblíquas (losangos), por isso,
não temos como segui-lo com os pés.
Orientação solicitada – a) Neste caso o
pé esq. fica voltado para a frente ou “imaginamos” que o piso seja de linhas
oblíquas e os pés ficam na forma de um “V”? b) Como ficaria, portanto, a posição
dos pés na Marcha?
CONSIDERAÇÕES.
Independente de como esteja disposto o
Pavimento Mosaico a posição dos pés segue a orientação do SOR haurida da
tradição do REAA, cujo seu primeiro ritual do simbolismo, em 1804, teve a sua
espinha dorsal montada nos costumes dos “antigos”.
Assim, o Pavimento Mosaico no aperfeiçoamento dos rituais escoceses acabou
disposto de modo oblíquo com seus quadrados brancos e negros.Note que a disposição oblíqua do pavimento não
forma losangos, mas quadrados brancos e negros alinhados e intercalados obliquamente.
Cada um dos ângulos internos de cada peça que constrói o pavimento é exatamente
de 90 graus, o que caracteriza o polígono como um quadrado.
Já um losango, mesmo que com lados iguais, os
seus ângulos internos são diferentes de 90 graus. Quando ligados internamente por
duas diagonais, uma delas é maior que a outra.
No tocante ao Pavimento Mosaico oblíquo, seus
componentes são polígonos quadrados que medem aproximadamente o comprimento de um
passo.
As linhas oblíquas partidas de um vértice
disposto sobre o eixo do Templo regulam os passos e orientam a disposição dos
pés.
Em linhas precisas, os pp∴ uu∴ pelos cc∴ formam uma esq∴ onde o vértice é o ponto onde se unem os cc∴ e os lados do quadrado indicam a direção de para onde apontam
os pés. Obviamente isso é simbólico, pois não carece de passos milimétricamente precisos.
Desse modo, orienta-se que o passo seja dado na
forma de costume o mais natural possível, de tal modo que os pp∴ uu∴ correspondam à posição do Esq∴ disposto sobre o Livro da Lei
no Alt∴ dos JJur∴.
É um erro crasso no REAA ter o pé esquerdo
apontado para a frente. Isso é prática de outros ritos. No escocesismo o protagonista,
à moda antiga, se desloca com naturalidade e de frente para o Oriente. Nem de
lado e nem arrastando os pés.
No caso de Templos do REAA que equivocadamente possuam
o pavimento mosaico na forma de um tabuleiro de xadrez (contrário ao que prevê
o ritual), os pés ficam posicionados de modo oblíquo e não seguindo o tabuleiro
de xadrez.
Em síntese, um erro não pode se sustentar em
outro. Daí as orientações previstas no SOR no GOB-RITUALÍSTICA amparado pelo
Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral publicado no Boletim do GOB em outubro
de 2019.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
AGO/2021
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