Em 02/02/2018 o Respeitável Irmão
Marcos Minto, Loja Valdez Pereira, 4.077, REAA, GOB-PA, Oriente de Paragominas,
Estado do Pará, apresenta a questão seguinte:
INFORMAÇÕES SOBRE RITUALÍSTICA.
Meu cargo em Loja de Mestre de Cerimônias e fui iniciado no ano de 2015.
Venho através pedir auxílio em ritualística em geral dentro de loja, devido
nossa Loja fundada no ano de 2010, não tinha muito rigor em ritualística dentro
de Loja, como a nova gestão de cargos dentro da Loja estamos querendo muito
seguir corretamente e fui nomeado na comissão de ritualística e gostaria que o
Irmão me ajudasse com essas dúvidas. Estou sendo muito criticado com tais
informações que venho buscando para enriquecer mais ainda nossas reuniões. Sem
sombra de duvidas o Irmão poderá me ajudar com tais informações.
1. Ao circular no ocidente ao cruzar a linha imaginária somente dou uma
rápida parada em direção ao Venerável?
2. O Orador pode falar na Palavra Bem da Ordem ou deixar para falar
somente nas suas conclusões finais?
3. Na abertura da Loja ao fazermos o Sinal de Ordem ao descarregar já
iniciamos a bateria ou volta para o sinal e depois faz a bateria?
4. Quando o Irmão pede a palavra o mesmo tem que continuar com o Sinal
de Ordem?
CONSIDERAÇÕES.
Prezado Irmão, é
sempre assim, quem quer construir e reparar os trabalhos mal feitos geralmente encontra
as pedras de tropeço, simbolizado pelos que não estão muito preocupados com a verdadeira
finalidade da Maçonaria.
Não sei se lhe
serve de consolo, mas nesse caso, as críticas que você recebe, são as mesmas
que incansavelmente também me são dirigidas. Não desista. Vá em frente e se
desvie dos inconformados, pois esses normalmente nada constroem de perfeito e
durável. Sem generalizar, que os inconformados vistam a carapuça.
Vamos às respostas às questões:
- Não está prevista no Ritual
nenhuma parada rápida no Ocidente quando se cruza a linha do equador do
Templo. Parada rápida e formal só existe quando do ingresso ou retirada do
Oriente em Loja aberta por alguém que esteja porventura empunhando algum
objeto de trabalho ou algo similar.
- Evidentemente
que sim. O Orador, como qualquer obreiro, tem o direito de usar a palavra
a Bem da Ordem e do Quadro. Quanto ao seu pronunciamento no final, ele,
cumprindo o seu ofício, faz a devida saudação aos visitantes e dá as suas
conclusões legais a respeito dos trabalhos. Nessa oportunidade o Guarda da
Lei deve evitar comentários que não sejam pertinentes a essa obrigação de
momento. Outro assunto que não seja apropriado para esse período deve ser
por ele exposto no tempo da Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em
Particular.
- A bateria, que é dada antes
da “Aclamação” se dá da seguinte maneira: cumprida a ordem de “pelo Sinal”
(o que se faz na forma de costume), nessa oportunidade não se deve voltar
à Ordem (isso é excesso de preciosismo). Assim, desfeito o Sinal pela pena
simbólica o obreiro não volta ao Sinal de Ordem, mas imediatamente mantém
a sua mão esquerda à frente tendo a respectiva mão espalmada e voltada
para cima. Em seguida, atendendo a ordem, ele dá com a sua mão direita
também espalmada na sua esquerda que fica parada a bateria. Terminada esta,
volta-se à Ordem para se pronunciar a Aclamação. Ratifico que essa é uma
atitude específica apenas para esse momento.
- Ninguém
fica à Ordem sentado. Todo o obreiro em pé e parado no REAA fica à Ordem,
isso é, com o corpo ereto, pp\ uu\ pelos cc\ formando uma esq\ e compondo o Sinal do Grau (significa estar à
Ordem). No caso do uso da palavra, em sendo ele autorizado por quem de
direito, este imediatamente fica à Ordem e, sem desfazer o Sinal se dirige
aos Irmãos do quadro na forma de costume (Luzes, Autoridades, meus
Irmãos...) - isso não é saudação, mas um modo protocolar de se dirigir à
Loja. Em seguida, sem desfazer o Sinal ele faz uso da palavra. Concluída a
fala, desfaz o Sinal pela pena simbólica e toma assento novamente. No
Ocidente, falam sentados apenas os Vigilantes, salvo quando o ritual
determinar o contrário. No Oriente todos tem o direito de falar sentado,
desde que o ritual não determine o contrário. Os do Oriente, se preferirem
falar em pé, ficam à Ordem. O Venerável e os Vigilantes nessa oportunidade
deixam os seus malhetes e compõem o Sinal normalmente.
É oportuno ainda comentar as seguintes recomendações: salvo a Marcha do
Grau, ninguém anda com o Sinal composto. Também é de péssima geometria o
Venerável Mestre dispensar corriqueiramente o Sinal quando alguém vai usar da
palavra. Esporadicamente isso pode até acontecer, mas só se a situação merecer.
Do mesmo modo, quem usa a palavra não deve pedir para desfazer o Sinal.
T.F.A.
PEDRO JUK
ABRIL/2018
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