domingo, 29 de abril de 2018

INFORMAÇÕES SOBRE RITUALÍSTICA DO REAA - FALAR À ORDEM, CIRCULAÇÃO...


Em 02/02/2018 o Respeitável Irmão Marcos Minto, Loja Valdez Pereira, 4.077, REAA, GOB-PA, Oriente de Paragominas, Estado do Pará, apresenta a questão seguinte:

INFORMAÇÕES SOBRE RITUALÍSTICA.


Meu cargo em Loja de Mestre de Cerimônias e fui iniciado no ano de 2015. Venho através pedir auxílio em ritualística em geral dentro de loja, devido nossa Loja fundada no ano de 2010, não tinha muito rigor em ritualística dentro de Loja, como a nova gestão de cargos dentro da Loja estamos querendo muito seguir corretamente e fui nomeado na comissão de ritualística e gostaria que o Irmão me ajudasse com essas dúvidas. Estou sendo muito criticado com tais informações que venho buscando para enriquecer mais ainda nossas reuniões. Sem sombra de duvidas o Irmão poderá me ajudar com tais informações.

1. Ao circular no ocidente ao cruzar a linha imaginária somente dou uma rápida parada em direção ao Venerável?
2. O Orador pode falar na Palavra Bem da Ordem ou deixar para falar somente nas suas conclusões finais?
3. Na abertura da Loja ao fazermos o Sinal de Ordem ao descarregar já iniciamos a bateria ou volta para o sinal e depois faz a bateria?
4. Quando o Irmão pede a palavra o mesmo tem que continuar com o Sinal de Ordem?

CONSIDERAÇÕES.

Prezado Irmão, é sempre assim, quem quer construir e reparar os trabalhos mal feitos geralmente encontra as pedras de tropeço, simbolizado pelos que não estão muito preocupados com a verdadeira finalidade da Maçonaria.
Não sei se lhe serve de consolo, mas nesse caso, as críticas que você recebe, são as mesmas que incansavelmente também me são dirigidas. Não desista. Vá em frente e se desvie dos inconformados, pois esses normalmente nada constroem de perfeito e durável. Sem generalizar, que os inconformados vistam a carapuça.
Vamos às respostas às questões:
  1. Não está prevista no Ritual nenhuma parada rápida no Ocidente quando se cruza a linha do equador do Templo. Parada rápida e formal só existe quando do ingresso ou retirada do Oriente em Loja aberta por alguém que esteja porventura empunhando algum objeto de trabalho ou algo similar.
  2. Evidentemente que sim. O Orador, como qualquer obreiro, tem o direito de usar a palavra a Bem da Ordem e do Quadro. Quanto ao seu pronunciamento no final, ele, cumprindo o seu ofício, faz a devida saudação aos visitantes e dá as suas conclusões legais a respeito dos trabalhos. Nessa oportunidade o Guarda da Lei deve evitar comentários que não sejam pertinentes a essa obrigação de momento. Outro assunto que não seja apropriado para esse período deve ser por ele exposto no tempo da Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Particular.
  3. A bateria, que é dada antes da “Aclamação” se dá da seguinte maneira: cumprida a ordem de “pelo Sinal” (o que se faz na forma de costume), nessa oportunidade não se deve voltar à Ordem (isso é excesso de preciosismo). Assim, desfeito o Sinal pela pena simbólica o obreiro não volta ao Sinal de Ordem, mas imediatamente mantém a sua mão esquerda à frente tendo a respectiva mão espalmada e voltada para cima. Em seguida, atendendo a ordem, ele dá com a sua mão direita também espalmada na sua esquerda que fica parada a bateria. Terminada esta, volta-se à Ordem para se pronunciar a Aclamação. Ratifico que essa é uma atitude específica apenas para esse momento.
  4. Ninguém fica à Ordem sentado. Todo o obreiro em pé e parado no REAA fica à Ordem, isso é, com o corpo ereto, pp\ uu\ pelos cc\ formando uma esq\ e compondo o Sinal do Grau (significa estar à Ordem). No caso do uso da palavra, em sendo ele autorizado por quem de direito, este imediatamente fica à Ordem e, sem desfazer o Sinal se dirige aos Irmãos do quadro na forma de costume (Luzes, Autoridades, meus Irmãos...) - isso não é saudação, mas um modo protocolar de se dirigir à Loja. Em seguida, sem desfazer o Sinal ele faz uso da palavra. Concluída a fala, desfaz o Sinal pela pena simbólica e toma assento novamente. No Ocidente, falam sentados apenas os Vigilantes, salvo quando o ritual determinar o contrário. No Oriente todos tem o direito de falar sentado, desde que o ritual não determine o contrário. Os do Oriente, se preferirem falar em pé, ficam à Ordem. O Venerável e os Vigilantes nessa oportunidade deixam os seus malhetes e compõem o Sinal normalmente.
É oportuno ainda comentar as seguintes recomendações: salvo a Marcha do Grau, ninguém anda com o Sinal composto. Também é de péssima geometria o Venerável Mestre dispensar corriqueiramente o Sinal quando alguém vai usar da palavra. Esporadicamente isso pode até acontecer, mas só se a situação merecer. Do mesmo modo, quem usa a palavra não deve pedir para desfazer o Sinal.


T.F.A.

PEDRO JUK


ABRIL/2018

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