Em 03/03/2020 o
Respeitável Irmão Carlos Edilson Ferreira, Loja União e Trabalho IV, 2.254,
REAA, GOB-SP, Oriente de Paulínia, Estado de São Paulo, apresenta o que segue:
LOJA DE MESA - TRAJE
Sendo assim, seria
permitido o uso do balandrau ao invés do terno, uma vez que o terno deve ser,
obrigatoriamente, usado em Sessões Magnas (Art. 110)?
Essa dúvida surgiu,
tendo em vista que em diversas publicações deste evento vimos os Irmãos usando
o terno.
Na nossa Loja, até
então, também usamos o terno. Porém, alguns Irmãos questionaram em função do
referido artigo do RGF.
CONSIDERAÇÕES.
Obviamente que se a sessão consta no RGF como ordinária, então é
perfeitamente aceitável o uso do balandrau nessa ocasião.
Infelizmente ainda existem aqueles que dão mais valor ao molho do que à
carne. Antes é preciso entender que o que não pode faltar mesmo como vestuário são
os paramentos maçônicos, sobretudo o Avental que é o verdadeiro e indispensável
traje do maçom.
Desafortunadamente ainda existem ritos e rituais da Moderna Maçonaria que
asseveram o inquestionável uso do terno preto que, diga-se de passagem, nem mesmo
terno é, mas um parelho (par; roupa de homem – calças e paletó).
Fazer o a quê? Está no ritual; cumpra-se.
No caso específico do REAA, que admite nas sessões ordinárias o uso do
balandrau, desde que negro e talar, então não há o que discutir. Nas Lojas de
Mesa nesse rito é permitido o uso do balandrau. Isso é uma questão fechada!
Ainda, inerente ao assunto banquete, dois aspectos eu gostaria de
comentar: o primeiro é que a expressão "Banquete Ritualístico" é inapropriado,
pois o correto seria, por existir ritualística própria, Loja de Mesa,
destacando, inclusive, nela a presença das TTr∴ GGr∴ LLuz∴ EEmbl∴ (L∴ da L∴, Esq∴ e Comp∴). O segundo aspecto é o de que as Lojas de Mesa
Posteriormente, já como Ofícios-Francos (Franco-Maçonaria) as Lojas passariam
a se reuniriam nas tabernas e hospedarias, mas sempre preservaram o costume de
se reunir em Loja de Mesa, principalmente nas datas solsticiais para comemorar
os personagens de João, o Batista e de João, o Evangelista (as Loja de São João)
– vide o símbolo "o círculo e as paralelas tangenciais".
A despeito disso, muito mais importante do que se preocupar com o uso ou
não do terno, é antes conhecer as origens, costumes e tradições que envolvem a
Loja de Mesa na Maçonaria, por conseguinte, compreender a razão dela existir.
Concluindo, fica um último alerta, não confundir essas Lojas de Mesa com
reuniões comensais (copos d'água, ágapes fraternais), comuns entre os maçons,
já sem paramentos, e que se dão no salão de ágapes logo após o encerramento dos
trabalhos da Loja.
T.F.A.
PEDRO JUK
JULHO/2020
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