Em 18/08/2021 o Respeitável Irmão José Carlos Toretta, Loja Vigilantes do Oestes, REAA, GOB-PR, Oriente de Cascavel, Estado do Paraná, apresenta a seguinte pergunta.
INGRESSO NO ORIENTE
Gostaria de tirar uma dúvida com o Sr. se me permitir.
Faço o cargo de Mestre de Cerimônias e gostaria de tirar uma dúvida. Quando
da subida no Oriente qual a maneira correta de proceder no REAA?
CONSIDERAÇÕES:
Em se tratando do REAA não há no Oriente nenhuma padronização de circulação,
senão uma regra consuetudinária que menciona o lado pelo qual nele se ingressa
e pelo qual lado dele se sai.
Vale mencionar que essa prática deve ser observada por qualquer Irmão
que eventualmente precise se deslocar em Loja para o Oriente.
Desse modo, conforme especifica o Sistema de Orientação Ritualística do GOB-RITUALÍSTICA (Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral), no seu item nº 30, Aprendiz
Maçom, REAA, ingressa-se no Oriente pelo lado nordeste (lado do Orador) e dele se sai pelo lado sudeste (lado do Secretário).
Em síntese, entra-se o Oriente passando primeiro pela Coluna do Norte e,
dele se sai obrigatoriamente em direção à Coluna do Sul.
Assim, quem transitar pelo Oriente da Loja nele vai da banda do Orador
para a do Secretário, ou vice-versa, passando pela frente ou pela retaguarda do
Altar dos Juramentos. O transeunte nesse caso escolhe o caminho que melhor lhe
aprouver. Não há regra quanto a isso no Oriente.
Como geralmente na maioria das Lojas o espaço entre o Altar dos
Juramentos e o Altar principal (o ocupado pelo Venerável) é reduzido, o
trânsito de um lado para o outro tem sido feito costumeiramente pelo espaço entre
o Altar dos Juramentos e o limite do Oriente com o Ocidente.
Sem nenhuma conotação de circulação iniciática, mas de padronização de
procedimento, também é costume o Venerável Mestre ingressar no sólio pelo lado Norte
(lado do 1º Diácono) e dele sair pelo lado oposto ao do ingresso.
Não obstante o lado pelo qual se ingressa e se sai do Oriente, vale
lembrar que em Loja aberta quem ingressar no Oriente saúda pelo Sin∴ o Ven∴ Mestre assim que nele ingressar (ao lado da balaustrada). Em retirada,
faz-se a mesma saudação ao Ven∴ Mestre imediatamente antes descer, isto é, ainda no Oriente e próximo à
balaustrada
Nessa oportunidade, o obreiro que estiver portando um objeto de trabalho
não faz com ele nenhum sinal, porém faz uma parada rápida e formal, sem
inclinação com corpo ou qualquer meneio com a cabeça.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
FEV/2021
Ir Pedro Juk, no 6.parágrafo de suas considerações diz que "devido ao pequeno espaço entre o Altar principal eo Altar dos Juramentos o trânsito se faz...". Não pode transitar por o Altar dos Juramentos ser um prolongado do Altar principal, e automaticamente não existir tal espaço? Fato que o trânsito obrigatoriamente deva ocorrer entre o Altar dos Juramentos e a grade do Oriente. Tfa.
ResponderExcluirCaro Irmão Robson, grato pela sua visita ao Blog. Geralmente a questão é de espaço, contudo alguns orientes espaçosos, há espaço pela frente e pela retaguarda do Altar dos Juramentos. Assim, havendo espaço suficiente, é perfeitamente aceitável a passagem, ou pela frente ou pela retaguarda do Altar dos Juramentos. O que não existe é qualquer tipo de circulação ao redor do pequeno altar. Quanto a ele ser uma extensão do Altar principal, não há óbice, não existindo nada que impeça a passagem por entre os dois altares. A "extensão" no caso é referencial e não um elemento de ligação, Veja que durante a Iniciação, Elevação e Exaltação o Venerável Mestre consagra o candidato nesse espaço, isto é, ele se coloca entre os dois altares para dali proceder a sagração, na exaltação ele toma o toque do candidato ali posicionado. Então esse espaço é livre, embora dependendo do tamanho do Oriente ele seja exíguo, cabendo apenas o Venerável para efetuar a sagração. Por isso é recomendável que esse altar seja móvel como era no período capitular, oportunidade em que no oriente somente ingressavam Irmãos Rosa-Cruzes. Então o Altar dos Juramentos era conduzido até o limite do Oriente com o Ocidente para os devidos procedimentos com o simbolismo. Essa foi a razão da criação de um altar móvel que seria a extensão do principal, já que originalmente os compromissos eram tomados sobre o Altar principal. Quando o Oriente virou santuário Rosa + nas Lojas Capitulares, os compromissos do simbolismo eram tomados no limite (adequava-se o pequeno altar), assim no Oriente permanecia o Athersata - que era também o Venerável - e Aprendizes, Companheiros e Mestres não entravam no santuário R +. Tudo isso era uma simples adequação. Extintas as Lojas Capitulares, o Oriente permaneceu dividido e elevado (no primeiro ritual do simbolismo de 1804 não havia Oriente elevado e separado) e com ele ficou o Altar dos Juramentos no Oriente que, depois da extinção das Lojas Capitulares, acomodou o Grau de Mestre. É por isso a indevida presença de Aprendizes e Companheiros no Oriente nas iniciações e elevações. Na verdade, nesses casos, o Altar dos Juramentos também deveria ser deslocado (como na Loja Capitular), para os compromissos dos Aprendizes e Companheiros. T.F.A.
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