Em 08.10.2021 o Respeitável Irmão José de Oliveira Mendes, sem mencionar o nome da Loja, Oriente e Estado da Federação, REAA, GOB, apresenta a seguinte questão:
PROCEDIMENTO NA COLETA
No REAA do GOB está
aparecendo um gesto que, ao meu ver, não se faz. Trata-se de levantar a mão
espalmada, após colocá-la no Saco de Propostas e Informações ou no Tronco de Solidariedade. Procede
isso?
COMENTÁRIOS.
Oficialmente
esse gesto não é previsto, pois não consta no ritual e nem no Sistema de
Orientação Ritualística do GOB RITUALÍSTICA.
A
bem da verdade, num passado não muito distante, o costume de mostrar a mão
direita aberta após a sua retirada da bolsa utilizada para a coleta era muito
comum em muitas Lojas.
Não
que propriamente o ritual determinasse isso, mas porque alguém achava isso
bonito e daí, água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Esse
esdruxulo costume tem raiz nas crendices e invenções. No caso da bolsa
utilizada nas coletas, a prática era mais relacionada à coleta do óbolo, oportunidade
em qu
e se apregoava que se algum Irmão estivesse passando por dificuldades
financeiras, então ele poderia retirar uma quantia da bolsa quando ela em trânsito
lhe fosse oferecida.
Na
verdade, um ato de apropriação indébita. Graças a isso, apregoava-se que o
obreiro, para mostrar que nada havia retirado do tronco, ele então mostrava a
sua mão aberta expondo-a aos presentes – firulas que não merecem comentários...
Obviamente
que isso é um delírio ritualístico, pois não faz sentido algum que alguém viesse
retirar parte, ou todo o conteúdo da coleta para atender as suas necessidades
financeiras.
Ora,
um Irmão nessa situação deve expor a sua necessidade à hospitalaria da Loja que
então irá tomar as providências de praxe. Agora, por conta própria alguém “avançar”
num numerário que não lhe pertence é mesmo inadmissível.
Para
aumentar o absurdo, mesmo que sem propósito algum, a invencionice da “mão
aberta” logo se espalhou e acabou também aportando no giro da coleta de
propostas e informações. Essa é a sua história.
No mais
há que se destacar a impressionante capacidade inventiva que alguns maçons
latinos tem para criar certos “dinossauros” sobre o solo da ritualística
maçônica. O problema é que matar o dinossauro não é tão difícil, o difícil mesmo
é consumir com os seus restos mortais. Prova disso é o que o Irmão relata na
sua questão.
T.F.A.
PEDRO
JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
MAIO/2022
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