Em 01/07/2017 o Respeitável Irmão
Hideraldo A. Teodoro, Loja Pentalpha, 2.239, REAA, GOSP-GOB, Oriente de São
Paulo, Capital, pede comentários sobre o seguinte:
MENSAGEM DA FAMÍLIA DURANTE A SESSÃO.
Recorro aos seus conhecimentos de Liturgia e Ritualística para perguntar
sobre algo que creio estar se tornando parte dos famigerados "usos e
costumes" nos Trabalhos de algumas Lojas, qual seja a leitura de carta de
esposa e filhos para irmãos, durante a Sessão, na Palavra a Bem da Ordem,
mormente em Iniciações e Instalações - pede-se à família do Irmão que escreva
um texto a ser lido para o esposo/pai na Sessão. Sou de posição contrária, por
entender ser algo estranho à ritualística, mesmo na Palavra a Bem da Ordem, uma
invenção que alguns já estão, infelizmente, copiando. Quem faz uso da palavra
em Loja é quem está presente, e não quem não esteja, até porque não poderia,
como é o caso, mesmo que através de uma carta, o que poderia ocorrer, a meu ver,
dentro de algumas circunstâncias e necessidades, como na Ordem do Dia, para
algum encaminhamento..., mas só. Não acho que fica bem imitarmos um quadro do
"Domingão do Faustão" com apelos sentimentais em determinado momento
da Sessão.
O que o Irmão me diz?
CONSIDERAÇÕES:
O que eu poderia
lhe dizer: Isso simplesmente é um absurdo que foi provavelmente criado pelos
inventores de plantão com a conivência dos que “acham bonito”.
Isso simplesmente não existe e não está
previsto na nossa liturgia, sobretudo na Palavra sobre o Ato realizado.
Muitos maçons ainda
precisam aprender o que é; como se faz e qual a finalidade da Maçonaria.
O mais interessante
de tudo é que como invenção, não precisa nem de instrução, a moda pega
facilmente transformando sessões maçônicas em verdadeiros palcos para
declamações e outros afins correlatos que obrigam o Irmão Secretário a produzir
atas (balaústres) rançosas e enfadonhas. Isso é mesmo lamentável!
Ora, como já não
bastasse tantas invenções e enxertos, como por exemplo, aquela da famigerada
entrega de luvas às cunhadas que algumas Lojas promovem fazendo com que o
recém-iniciado faça a entrega delas ao seu cônjuge dentro da Loja, o que é
altamente ilegal, agora aparecem cartas da família para criar um ambiente
melodramático dentro do Templo e, como disse o Irmão, feito um teatro
domingueiro vespertino.
Eu diria copiando
Eça de Queirós: é mesmo d’escrachar.
Aliás, lembro que já
inventaram até um Sinal de Socorro se utilizando das luvas para as cunhadas.
Assim, nada o que estranhar em se tratando de mentes criativas que querem fazer
para eles uma “maçonaria pessoal”.
Coisas que só
acontecem mesmo na Maçonaria latina e em particular na tupiniquim. Se só existe
no Brasil e não é jabuticaba, acredite; ou é besteira ou é privilégio de
alguns.
E assim a carruagem
vai andando. Enquanto isso eu vou colecionando preciosidades para um livro que
estou escrevendo intitulado Febeamá – Festival de Besteiras que Assola a
Maçonaria (à moda do Febeapá do Stanislaw Ponte Preta).
É o que eu tenho para
dizer meu Irmão.
T.F.A.
PEDRO JUK
SET/2017.
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