segunda-feira, 11 de setembro de 2017

INVENTORES MAÇÔNICOS - MENSAGEM DA FAMÍLIA DURANTE A SESSÃO

Em 01/07/2017 o Respeitável Irmão Hideraldo A. Teodoro, Loja Pentalpha, 2.239, REAA, GOSP-GOB, Oriente de São Paulo, Capital, pede comentários sobre o seguinte:

MENSAGEM DA FAMÍLIA DURANTE A SESSÃO.


Recorro aos seus conhecimentos de Liturgia e Ritualística para perguntar sobre algo que creio estar se tornando parte dos famigerados "usos e costumes" nos Trabalhos de algumas Lojas, qual seja a leitura de carta de esposa e filhos para irmãos, durante a Sessão, na Palavra a Bem da Ordem, mormente em Iniciações e Instalações - pede-se à família do Irmão que escreva um texto a ser lido para o esposo/pai na Sessão. Sou de posição contrária, por entender ser algo estranho à ritualística, mesmo na Palavra a Bem da Ordem, uma invenção que alguns já estão, infelizmente, copiando. Quem faz uso da palavra em Loja é quem está presente, e não quem não esteja, até porque não poderia, como é o caso, mesmo que através de uma carta, o que poderia ocorrer, a meu ver, dentro de algumas circunstâncias e necessidades, como na Ordem do Dia, para algum encaminhamento..., mas só. Não acho que fica bem imitarmos um quadro do "Domingão do Faustão" com apelos sentimentais em determinado momento da Sessão.
O que o Irmão me diz?

CONSIDERAÇÕES:

O que eu poderia lhe dizer: Isso simplesmente é um absurdo que foi provavelmente criado pelos inventores de plantão com a conivência dos que “acham bonito”.
Isso simplesmente não existe e não está previsto na nossa liturgia, sobretudo na Palavra sobre o Ato realizado.
Muitos maçons ainda precisam aprender o que é; como se faz e qual a finalidade da Maçonaria.
O mais interessante de tudo é que como invenção, não precisa nem de instrução, a moda pega facilmente transformando sessões maçônicas em verdadeiros palcos para declamações e outros afins correlatos que obrigam o Irmão Secretário a produzir atas (balaústres) rançosas e enfadonhas. Isso é mesmo lamentável!
Ora, como já não bastasse tantas invenções e enxertos, como por exemplo, aquela da famigerada entrega de luvas às cunhadas que algumas Lojas promovem fazendo com que o recém-iniciado faça a entrega delas ao seu cônjuge dentro da Loja, o que é altamente ilegal, agora aparecem cartas da família para criar um ambiente melodramático dentro do Templo e, como disse o Irmão, feito um teatro domingueiro vespertino.
Eu diria copiando Eça de Queirós: é mesmo d’escrachar.
Aliás, lembro que já inventaram até um Sinal de Socorro se utilizando das luvas para as cunhadas. Assim, nada o que estranhar em se tratando de mentes criativas que querem fazer para eles uma “maçonaria pessoal”.
Coisas que só acontecem mesmo na Maçonaria latina e em particular na tupiniquim. Se só existe no Brasil e não é jabuticaba, acredite; ou é besteira ou é privilégio de alguns.
E assim a carruagem vai andando. Enquanto isso eu vou colecionando preciosidades para um livro que estou escrevendo intitulado Febeamá – Festival de Besteiras que Assola a Maçonaria (à moda do Febeapá do Stanislaw Ponte Preta).
É o que eu tenho para dizer meu Irmão.


T.F.A.

PEDRO JUK


SET/2017.

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