Um Respeitável Irmão cuja Loja pratica o REAA, GOB-SP, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:
FICAR À ORDEM NA ELEVAÇÃO
O ritual de Companheiro não trazia a obrigação do Aprendiz colocar-se à
Ordem durante as paradas das 5 viagens, porém, as novas instruções do site
ritualistica.org.br, contém essas orientações.
Isso confundiu um pouco nossa cabeça, pois temos a "tradição" de não se fazer sinal portanto objeto de trabalho, tanto que, no momento que é pedido o Sinal de Aprendiz, ao final
da primeira viagem, nosso Experto costuma recolher as ferramentas, para que o Aprendiz atenda à ordem do Venerável Mestre, devolvendo-as, em seguida.
Com as novas instruções, o Aprendiz JÁ ESTÁ à Ordem quando o Venerável
Mestre lhe pede o sinal de aprendiz. Dessa forma, o que será dado, será apenas
o sinal gutural, não o Sinal de Aprendiz, que é o sinal completo (Ordem e
Gutural) e o que é pedido na fala do Venerável.
Estamos equivocados?
CONSIDERAÇÕES
Aspectos iniciais para a apreciação da questão:
(1) O
ritual falhava quando não previa que em Loja aberta, aquele que estiver em pé
fica à Ordem. Essa é uma regra consuetudinária do REAA;
(2) Não se
faz Sinal com o objeto de trabalho, isto é, não se faz uso do
objeto de trabalho para com ele se executar o Sinal Penal (no caso ainda o Sin∴ Gut∴);
(3) Sinal
de Ordem é a composição do Sinal do Grau. Em se estando à Ordem, corpo ereto e com
nos pés em esquadria na forma de costume, se compõe o Sin∴ com a mão. No caso, o de Aprendiz. A
composição do Sin∴ é a
parte estática. Para complementar o Sin∴
faz-se então, no caso, o Sin∴ Gut∴ (aplicação simbólica da pena). Essa é a
parte dinâmica.
Dados esses três aspectos iniciais, o Sistema
de Orientação Ritualística do GOB RITUALÍSTICA tem procurado ordenar a prática
correta, já que no momento previsto o candidato, ainda Aprendiz, tem a sua mão
esquerda ocupada, contudo a sua mão direita, que é a utilizada para compor e
fazer o Sinal de Ordem, está livre.
Desse modo, ele, por ficar parado ao final das
respectivas viagens, compõe normalmente o Sinal de Ordem com a mão direita mesmo
que a sua esquerda esteja ocupada empunhando instrumentos.
Ato seguido, atendendo a ordem do Venerável ele
por fim executa o Sin∴ Gut∴, pois ele está à Ordem, isto é, pronto e
preparado. Executado o Sinal Penal do Grau (Gut∴)
ele, por permanecer em pé e parado, volta ao Sinal de Ordem.
A questão de não se fazer Sinal portando o
objeto de trabalho significa que não se compõe e nem se executa o Sinal usando
o instrumento, isto é, não se arranja, no caso do Aprendiz, o Sinal de Ordem
usando, em vez da mão, o instrumento. Exemplo, o Mestre de Cerimônias não coloca
o bastão na região gut∴ para compor
e fazer o Sinal. Do mesmo modo, nem o Cobridor faz uso da Espada para essa
finalidade gestual. Nesse sentido como Elevação a mão direita do protagonista
está livre e é a mão com que fará o gesto, é natural a orientação prevista SOR –
GOB RITUALÍSTICA.
Apenas para ilustrar, veja, o Cobridor ou o
Experto, portando a sua espada embainhada ele compõe o Sinal de Ordem e executa
o Sinal Penal normalmente, isto é, com a mão, ou mãos, se for o caso.
Concluindo, o objetivo do Sistema de Orientação
Ritualística é também explicar detalhes ritualísticos que de há muito não vinham
sendo respeitados por mera falta de explicação. Nesse caso, especificamente o dos
três aspectos que foram aqui abordados. Parabéns pela preocupação com a prática
litúrgica e ritualística. Das teses e antíteses é que resultam as sínteses.
T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Geral de Orientação Ritualística –
GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
OUT/2021
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