terça-feira, 7 de janeiro de 2025

E. V. A E. F. - SENHA DE RECONHECIMENTO NO SEGUNDO GRAU DO REAA

Em 12.05.2024 o Companheiro Maçom, Irmão Dyogner do Valle Mildemberger, Loja Gralha Azul, 2514, REAA, GOB/PR, Oriente de São José dos Pinhais, Paraná, apresenta a questão seguinte:

 

E V A E F

 

Gostaria de entender melhor o uso da expressão EV a E F no 2º grau. Por que o C M fala E V a E F?

Eu estou lendo um livro sobre a síntese histórica da ritualística do REAA e, tendo em vista que os maçons operativos não tinham E F, gostaria de entender como essa alegoria foi introduzida no rito e o porquê do uso da forma E V a E F na ritualística.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Antes de mais nada, é bom que se diga que a E F, em Maçonaria, somente foi introduzida, na França, nos meados do século XVIII, por Louis Théodore Henry Tschoudy, o Barão de Tschoudy.

              A E F foi um símbolo totalmente desconhecido dos membros na Maçonaria Operativa (profissional), ou de Ofício. Certamente também não a conheciam os primeiros membros da Maçonaria dos Aceitos.

O adjetivo “flamej” dado a esta E se deve ao teólogo, alquimista e médico Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein, natural de Khol (Colônia), na Alemanha, o qual era também dedicado à magia, à alquimia e à filosofia cabalística.

Falar sobre a senha de reconhecimento que envolve a E F no grau de Comp Maç do REAA não é algo tão simples assim. Sob a óptica iniciática, a frase E V a E F, em última análise aglutina todo o conhecimento e a compreensão que o Iniciado tem do importantíssimo grau de Companheiro Maçom, o qual, diga-se de passagem, doutrinariamente é o mais legítimo da Maçonaria, principalmente por revelar um Obreiro já totalmente preparado e no domínio dos conceitos iniciáticos – simbolicamente significa que ele está seguro da sua aptidão profissional no domínio da Arte.

Iniciaticamente a senha de reconhecimento do 2º Grau vislumbra o Obreiro preparado e pronto para ascender os sete últimos degraus da Esc em Carac que o levarão ao 3º Grau (o alcance da plenitude maçônica).

Desta forma, tanto na Moderna Maçonaria em geral, como no REAA em particular, a E F é um símbolo que se caracteriza por condensar boa parte dos ensinamentos e dos mistérios do 2º Grau.

Diante do misticismo do grau de Comp, a E F envolve ainda conceitos do Pitagorismo, do Pentagrama (hominal), da relação com a letra G e a Geometria - uma das Sete Artes e Ciências Liberais.

Quando o Iniciado afirma que V a E F, quer dizer que ele é um profundo conhecedor do conteúdo iniciático do magnífico grau de Companheiro.

A título de ilustração, vale mencionar que o 2º Grau é historicamente o mais genuíno da Maçonaria. É verdadeiro se afirmar que este Grau forneceu boa parte da sua doutrina para a construção do 3º Grau, não obstante ter o 3º Grau aparecido somente em 1725, e oficializado em 1738. Antes disso, a Maçonaria era formada apenas e tão somente por dois graus simbólicos, o de Aprendiz Admitido e o de Companheiro do Ofício.

Revelar aqui qualquer um desses segredos e mistérios iniciáticos não seria adequado, sobretudo por conta do Landmark do sigilo maçônico. Os mistérios do 2º Grau, e particularmente os relacionados à E F, somente se revelarão aos olhos do Iniciado quando ele receber todas as instruções e ensinamentos ao longo dos c aa da sua trajetória como Companheiro do Ofício.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

JAN/2024

Nenhum comentário:

Postar um comentário