Em 22/03/2017 o Respeitável Irmão Clemente Escobar, Loja Gonçalves Ledo,
3.079, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, através formula a
seguinte questão através do meu blog – http://pedro-juk.blogspot.com.br
VIAGEM NA EXALTAÇÃO
Gostaria de saber o que representa a viagem do Mestre na Exaltação.
CONSIDERAÇÕES:
Essa única viagem significa simbolicamente o
último ano de aprimoramento do Companheiro que aspira ingressar na C\
do M\. Em síntese, o aspirante necessita antes se
desvencilhar, no trajeto pelos quadrantes do Templo, de qualquer nódoa profana
que ainda possa porventura lhe ferir a consciência antes de obter autorização para
ingressar definitivamente no Oriente – a moradia do Mestre.
A passagem por essa porta simbólica é o
caminho estreito (porta solsticial) por onde ele passará em direção ao lugar do
juramento, antes que ele seja o protagonista principal na representação da
Lenda Hirâmica.
A despeito de que o ritual seja bastante
omisso em termos de orientação nessa passagem (como na maioria das outras
também), alguns pormenores precisam ser observados na intenção de se
compreender melhor a liturgia, em especial a inerente a esse trecho teatral
iniciático.
Assim, durante essa viagem simbólica, o
aspirante, ao peregrinar pelas CCol\ até chegar ao
Oriente, deve demonstrar primeiro confiança no seu guia, que é o detentor da
Pal\ de Pas\, cuja qual será a senha
necessária para se ingressar na C\ do M\
(vide procedimento de pedido de passagem entre o aspirante, seu guia e o Resp\
Mestre).
Outro aspecto relativo à viagem é que o
aspirante mantém a amarra (corda em torno da cintura) que representa ainda o
elo com o mundo profano – as três voltas na corda simbolizam o orgulho, a
inveja e a ambição (os três maus CComp\). O que reforça essa
tese litúrgica é que o aspirante, mesmo sendo conduzido pela mão amiga do seu
guia, o Ter\ ainda o mantém seguro pela corda e vigiado agora
de perto por dois acompanhantes armados. É só no final do trajeto, antes de
pedir passagem, que o Ter\ e os acompanhantes armados
deixam o aspirante que permanece apenas com seu condutor (M\
CCer\).
Dada a autorização da passagem obtida pela demonstração
de confiança na Pal\ de Pas\,
o aspirante é então devidamente conduzido para prestar a sua obrigação. Note
que antes do aspirante à Exaltação se posicionar na forma de costume diante do
A\ dos JJ\ o seu guia (M\
CCer\) lhe retira a corda que o envolvia pela cintura
(o ritual é falho pois não explica esse procedimento, todavia eu o descrevi no
Manual de Procedimentos do GOB-PR).
Dados esses breves comentários, eis o
significado da última viagem: Como o último ano de aprendizado do Companheiro, esse
trajeto menciona que ele se despiu de qualquer nódoa profana que porventura ele
ainda pudesse trazer consigo antes de ingressar definitivamente na morada da
Luz. A propósito, essa alegoria já se houvera apresentado durante a terceira
viagem por ocasião da cerimônia de Iniciação e a purificação por um dos
elementos. Não foi em vão que aquela terceira viagem se deu silenciosamente
representando a maturidade da vida e, na Exaltação, ela é novamente revivida teatralmente
como a última etapa da vida terrena - eis
que agora diante da terceira porta vos é dito: “procurai e encontrareis”, pois
procurando acharás a Palavra perdida.
Por fim, como lição moral, a viagem e a
confiança no guia são: “Como um forjador
de metais, isto é, como um verdadeiro Tub\, estou
disposto a prosseguir no meu ofício de adornar e embelezar a Obra, pois mesmo
que eu tenha perdido o Mestre em tão horroroso assassinato, confiante no meu
guia, eu segui em frente; estive no túmulo; venci a morte e revivi para a Luz!
A A\ M\ É C\”.
T.F.A.
PEDRO
JUK
MAIO/2017
Obrigado Ir∴ Pedro pela explicação.
ResponderExcluirAssunto muito interessante e ainda pouco explorado.
TFA CLEMENTE
Como tudo no Grau de Mestre, mano Clemente.
ResponderExcluirTema FANTÁSTICO
ResponderExcluirLendo novamente excelentes observações.
T∴F∴A∴
Magnífica explicação; assim como todas as outras!
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