Em 27/11/2018 o Respeitável Irmão Ronaldo Alves da Silva, Loja 13 de Maio
1888, 188, REAA, Grande Loja de Pernambuco, Oriente de Recife, Estado de
Pernambuco, pede esclarecimento para o que segue:
PINTURAS DE SÍMBOLOS NO INTERIOR DO TEMPLO.
Recentemente vi em um ritual de Grande Loja, do
REAA, na planta de um templo, o desenho de um Galo, pintado na parede por trás
do Primeiro Vigilante e uma Ampulheta na parede, entre o Mestre de Harmonia e o
Guarda do Templo.
Soube que esses desenhos já foram encontrados em
tempos atrás.
Não encontrei bibliografia a respeito desse
assunto.
Agradeceria ao irmão uma orientação sobre o assunto
ou indicação de uma bibliografia.
CONSIDERAÇÕES.
Símbolos da Vigilância e da Perseverança (galo) e do tempo e sua brevidade
(ampulheta), os mesmos não são apropriados para decorarem as paredes internas
do Templo (sala da Loja), mas sim as da Câmara de Reflexão.
Nesse sentido, é inadmissível que um ritual do REAA os mencione aparecendo
nas paredes internas da Loja - seja nos lugares mencionados na sua questão ou
em qualquer outro lugar - senão na Câmara.
Eu diria que é mesmo lamentável que essas coisas ainda aconteçam, até
porque esses símbolos são apropriados para compor a alegoria da Câmara de
Reflexão e não como elementos decorativos e dispersos arranjados fora dos seus
ambientes apropriados. É preciso que se diga que fora dos seus recintos eles simplesmente
não fazem nenhum sentido. Também não deixam o interior da sala da Loja “mais
bonita”.
Faz-se cogente compreender que a decoração de uma Loja exprime uma
alegoria maior, não cabendo nela, portanto, inserções que deturpem a sua verdadeira
mensagem “esotérica”. Em termos de simbologia maçônica autêntica, nada foi
idealizado e colocado sem que houvesse motivo e razão para tal. Assim, introduções
e retiradas intempestivas de símbolos no conjunto apenas desconstroem o seu
significado.
Nesse sentido, obviamente que o Irmão dificilmente encontrará
bibliografia autêntica que traga o equivocado transporte de símbolos do
interior da Câmara de Reflexão para dentro da sala da Loja (Templo).
Por fim, se porventura alguém lhe disse que isso era comum em tempos
atrás, tenha certeza que comum não era e nunca foi. Penso que comum mesmo era o
de propositalmente desfigurar a cultura do Rito.
T.F.A.
PEDRO JUK
ABR/2019
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