Em 29.12.2021 o Irmão Companheiro Maçom da Loja Mestre Hiram, 1.427, sem mencionar o nome do Rito, GOB-RJ, Oriente de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, formula as seguintes questões.
PAVILHÃO NACIONAL
Estava fazendo uma pesquisa acerca do Pavilhão Nacional e sua cerimônia. Acessei pelo
GOB LEX a legislação pertinente e lá dá-se a entender que o Pavilhão Nacional não fica inicialmente dentro do Templo o que me trouxe uma série de questionamentos, os quais peço que sejam esclarecidos:
1.
Se o Pavilhão está fora do Templo, em que
momento da Ritualística ele entra e em que momento se retira?
2.
É possível que ele apenas entre, fique
hasteado e não se retire após o fim dos trabalhos?
3.
Caso ele permaneça sempre em Loja
hasteada conforme a posição indicada nos Rituais. Pode-se realizar a saudação e
etc., sem ter de retirá-la do Templo? Como funciona essa dinâmica, ela deve
iniciar fora do Templo nas sessões Magnas e nas Ordinárias e Extraordinárias
permanecer em seu local?
4.
É dito que após a entrada do Pavilhão
Nacional nenhuma autoridade deve ser recebida de acordo com a pompa do
protocolo de recepção. Nesse caso então nas sessões onde a Bandeira encontra-se
em sua posição a todo o momento, nenhuma autoridade deve ser cortejada com
espadas e estrelas ou aplausos pela bateria do grau se dirigindo diretamente a
seus lugares?
5.
Isso também engloba as autoridades as
quais são recepcionadas diretamente pelo Venerável e há passagem de malhete?
Agradeço a atenção e desculpe caso as perguntas tenham ficado confusas.
CONSIDERAÇÕES.
1.
Conforme menciona o Decreto 1476/2016
do GOB que dispõe sobre o cerimonial para a Bandeira Nacional, é obrigatória a sua
presença em todas as sessões realizadas por Lojas da Federação. Consta no Art.
2º do mesmo Decreto que não será aplicado o cerimonial à Bandeira nas sessões ordinárias
e extraordinárias, contudo, ela será colocada no lugar devido antes da abertura
dos trabalhos, e ninguém será recebido com formalidade, nem mesmo o Grão-Mestre
Geral.
Menciono que nas sessões ordinárias e
extraordinárias não há entrada formal para o Pavilhão, pois o mesmo deverá
estar hasteado no Templo antes do início dos trabalhos sem qualquer cerimonial.
Para tal, o Mestre Arquiteto, ou outro Oficial designado (conforme o Rito),
providenciará a sua simples colocação no lugar devido, isto é antes do ingresso
do préstito. O mesmo ocorre quanto à sua retirada, sem nenhuma formalidade se
dá depois que todos já tiverem se retirado. Desse modo, o mesmo Oficial providenciará
a sua retirada.
2.
Algumas Lojas preferem manter o
Pavilhão hasteado, mesmo que fora do horário dos trabalhos. Isso é possível. Quanto
à entrada e retirada formal da Bandeira, a mesma fica restrita às Sessões
Magnas, cujo cerimonial está descrito no Decreto 1476/2016.
3.
Em se tratando de sessões ordinárias
e extraordinárias, não existe nenhuma saudação à Bandeira Nacional.
Reitera-se, nas sessões magnas
procede-se o ingresso formal do Pavilhão, assim como a sua saudação e retirada.
Todo esse cerimonial está descrito no Decreto 1476/2016. Obviamente, que nas
sessões magnas o Pavilhão aguarda ingresso no Átrio. Quanto à sua retirada,
antes das autoridades, ele é recolocado no Átrio.
4.
Como menciona o Art. 2º do Decreto
1476, estando presente o Pavilhão Nacional, que é a mais alta autoridade em
Loja, ninguém mais, nem mesmo o Grão-Mestre, será recebido com formalidades
(não confundir formalidades com ordem de precedência para se ingressar no
Templo).
Se nas sessões ordinárias ou
extraordinárias a autoridade entrar em família, ela entra depois dos Mestres
Instalados. Em sendo o Grão-Mestre, ele entra junto com o Venerável Mestre. Se
a autoridade optar por entrar depois da Ordem do Dia, ele ingressa conforme o
Ritual dispensando-se a formalidade (abóbada, estrelas, etc.). No caso de existir mais
do que uma autoridade, elas ingressam sem as formalidades protocolares, todavia
obedecendo a ordem de precedência determinada no RGF.
5.
A passagem de malhete não é
dispensada e está prevista no RGF, restringindo-se, contudo, ao Grão-Mestre
Geral, Estadual na sua Jurisdição, ou do Distrito Federal.
Prevê-se também, não estando presente
o titular, a entrega do malhete ao seu respectivo Adjunto. Em qualquer das
situações, conforme previsto no RGF, o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto de for o
caso, devolve o malhete ao Venerável Mestre para que ele dirija os trabalhos.
Todo esse procedimento independe de
estar ou não presente o Pavilhão Nacional hasteado no Templo.
Se o Grão-Mestre optar por entrar em
comitiva, ele ingressa à frente das demais autoridades. Nesse caso, todas as
autoridades ingressam em comitiva junto com o Grão-Mestre. Todos ordenados
conforme a ordem de precedência.
Nas sessões magnas onde prevê-se o
cerimonial, o Pavilhão Nacional é o último a entrar e o primeiro a sair. Essa
ordem de ingresso e retirada faz com que as demais autoridades sejam recebidas
conforme o cerimonial previsto no Ritual.
Ao concluir, destaco que muitas dessas orientações serão também encontradas
no SOR – Sistema de Orientação Ritualística do GOB RITUALÍSTICA, coberto pelo
Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral que institui e determina a aplicação do
SOR sobre todos os Rituais em vigência no GOB.
O Decreto 1476/2016 também pode ser encontrado em Rituais Especiais do
GOB.
T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Geral de Orientação Ritualística/GOB.
http://pedro-juk.blogspot.com.br
DEZ/2021
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