Em 11.05.2022 o Respeitável Irmão Francisco Flávio Marinho Pontes, membro das Lojas, Tiradentes, 2530, Loja Estrela de Davi, 4630, Oriente de Aracaju, Loja Sérgio Goldhar, 3427, Oriente de São Cristóvão, todas do Estado de Sergipe, GOB-SE, apresenta a questão seguinte pertinente ao REAA:
POSTURA DURANTE O USO DA PALAVRA NO REAA.
Neste momento, exponho a seguinte situação e perguntas: em Oficina do
REAA, quando do uso da palavra a bem da Ordem, o maçom deve FICAR Á ORDEM DESDE
O MOMENTO DO CUMPRIMENTO ÀS LUZES ATÉ O FINAL DE SUA FALA, conforme se
depreende do RITUAL DE APRENDIZ NO REAA (pág. 165, final do primeiro
parágrafo). Nesta situação, após os cumprimentos, o maçom pode pedir ao Ven∴ Mestre para desfazer
o sinal de ordem, contrariando o que determina o Ritual? O RITUAL foi estabelecido por Decreto e,
portanto, norma a ser cumprida. Teria o Venerável Mestre autonomia neste caso?
(Tenho minha opinião que não, por falta de amparo legal, mas gostaria de saber
a sua).
Nessa
parte especificamente não vi no SOR na página do GOB, para o RITUAL DO REAA,
qualquer mudança quanto ao que ao assunto mencionado. ISSO TEM GERADO OPINIÕES
DIVERGENTES.
Soube que no RITO ADONHIRAMITA isso pode ser solicitado (desfazer o
sinal), mas o maçom que o pratica, visitando loja do REAA, não deveria
respeitar?
CONSIDERAÇÕES.
É uma regra consuetudinária no REAA que, em se estando em pé e parado em
Loja aberta, fica-se à Ordem. Ficar à Ordem significa manter o corpo ereto, pés
em esquadria e com o Sinal de Ordem do grau composto.
Assim, nesse contexto, quem for autorizado a falar deve ficar à Ordem
até o final do seu pronunciamento. Antes de sentar novamente, desfaz o Sinal
pelo Sinal Penal.
Nessa condição, quando o obreiro se dirigir à Loja com Sinal de Ordem
composto, ele o faz sem desfazer o Sinal a cada cargo mencionado, pois essa
atitude não é de saudação maçônica, já que saudações em Loja ocorrem apenas nos
conformes previstos no ritual de Aprendiz do REAA em vigência, dele na sua
página 42, último parágrafo.
Nessa conjuntura o usuário da palavra fala à Ordem, só desfazendo o
Sinal ao encerrar o seu pronunciamento, antes de sentar novamente.
Quanto ao fato do usuário da palavra pedir ao Venerável Mestre para
desfazer o Sinal e falar à vontade, destaco que essa é uma atitude de péssima
geometria, devendo a todo o custo ser evitada para o bem da liturgia e da ritualística
maçônica.
Vale mencionar que é costume consagrado o Venerável Mestre, apenas ele, observar
se a situação requer de fato dispensa do Sinal.
Assim, esporadicamente ele pode então autorizar o obreiro que fale à
vontade, não fazendo desta uma atitude corriqueira.
Pior ainda é o usuário da palavra pedir para desfazer o Sinal. Como
dito, se o Venerável Mestre avaliar a necessidade, é ele quem deve tomar iniciativa
de dispensar, nunca o usuário pedir.
Desse modo, no REAA segue-se a regra de se falar à Ordem quando se
estiver em pé e parado em Loja aberta.
Essa regra deve ser criteriosamente observada pelo Venerável Mestre, ao
contrário de alguns Veneráveis que displicentemente têm a equivocada mania de ficar
a todo momento autorizando dispensa de sinal para que obreiros falem à vontade.
Reitero, insistir nesse paradoxo tem sido um erro crasso de alguns que com isso
contribuem com os "papagaios de Loja", ou seja, aqueles que adoram se
pronunciar com extensos discursos rançosos e intermináveis verborragias construtoras
de verdadeiros blá, blá, blás. Alerta-se que com o sinal composto, os papagaios
logo cansam, o que no mínimo é satisfatório por poupar os ouvidos dos demais.
Concluindo, entendo que essa é uma regra de bom senso que deveria servir
para todos os ritos maçônicos e não apenas para uma minoria deles.
T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Geral de Orientação
Ritualística – GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
NOV/2022
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