Em 06.10.2022 o Respeitável Irmão Francisco Kennedy C. de Souza, Loja Estrela da Fronteira, 2024, REAA, GOB-MS, Oriente de Mundo Novo, Estado do Mato Grosso do Sul, apresenta a dúvida seguinte:
CONDUÇÃO DA BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES.
Novamente me dirijo aos teus
conhecimentos para sanar uma dúvida. Estou ocupando o cargo de Mestre de
Cerimônias e minha postura ao conduzir o Saco de PProp∴ e IInf∴, desde o momento em que me
levanto até retornar a meu assento, faço a condução do mesmo portando com as duas
mãos no lado esquerdo.
Entretanto, me informaram que
quando me dirijo ao Altar do Venerável Mestre para ser conferido o seu conteúdo
e que também após esse momento onde me dirijo a minha cadeira eu deveria
portá-lo com apenas uma das mãos a minha frente ou a minha esquerda.
CONSIDERAÇÕES.
A condução das bolsas, tanto a de PProp∴ e IInf∴,
assim como a do Tr∴ de
Benef∴, é feita por cada titular com as duas mãos,
trazendo-a aberta e colada junto ao quadril esquerdo. No momento da coleta o
titular, com discrição, oferece a bolsa na forma de costume.
Portando a bolsa, andando ou parado, a atitude corporal do titular é sempre a mesma. Dispensa-se essa postura apenas quando os titulares, após terem cumprido cada qual a sua missão, estiverem retornando aos seus lugares. Nessa ocasião permite-se a condução normal do recipiente, podendo ser apenas com a mão direita.
A maneira de conduzir a bolsa junto ao quadril
esquerdo vem das igrejas cristãs francesas do século XVII e XVIII, principalmente.
Nelas havia um personagem denominado “esmoler ou hospitalário” que trazia
consigo uma grande bolsa (saco) presa à tiracolo da direita para a esquerda.
Ele se apresentava ao final das missas oferecendo a bolsa aos fiéis no intuito
de colher donativos em dinheiro para serem destinados aos necessitados.
Logo, a Maçonaria Francesa, cumprindo a virtude teologal da caridade, instituiu em alguns dos seus ritos uma pequena bolsa para arrecadação
de óbolos entre os seus membros. Assim, o Hospitaleiro, nome dado ao oficial coletor
de óbolos, ao oferecer com discrição o recipiente seguro pelas duas mãos pelo
seu lado esquerdo, de certa forma copiava o gestual do antigo esmoler que atuava
nas portas das igrejas.
Na intenção de uniformizar os procedimentos, a
mesma postura corporal utilizada pelo Hospitaleiro na coleta do óbolo, também seria
adotada para o Mestre de Cerimônias quando no exercício de coletar propostas e
informações dos obreiros.
É graças a isso que no REAA, rito de origem francesa, o Mestre de
Cerimônias e o Hospitaleiro no exercício dos seus ofícios se portam dessa forma,
parados ou andando, durante as respectivas coletas (imitam a velha bolsa à
tiracolo).
Outras orientações a respeito podem ser encontradas no SOR - Sistema de
Orientação Ritualística que é o mecanismo de orientação oficial do GOB implantado
em 2019 pelo Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral.
T.F.A.
PEDRO JUK – SGOR/GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
FEV/2023
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