ALFERES
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER
TIRADENTES – MÁRTIR
DA INDEPENDÊNCIA
Sem que se lance mão de qualquer prática
ufanista, imaginando um Tiradentes iniciado na Maçonaria - o que à Luz da
Verdade nunca aconteceu - nada mais justo homenagear o Mártir da Independência
com um resumo histórico sobre a sua saga na Conjuração Mineira. A Ordem Maçônica,
respeitosamente cultua os ideais libertários, entretanto não faz deles condição
de que todos os personagens envolvidos nessas conquistas de liberdade, necessariamente
tenham sido iniciados na Sublime Instituição.
É sempre importante
lembrar que na nossa História seguramente episódios de caráter pacifista,
idealista e mesmo revolucionário muitas vezes foram arquitetados e amadurecidos
por aqueles que adquiriram conhecimentos hauridos dos ideais maçônicos. Desta
forma não se pode ignorar ou querer dissociar a influência da MAÇONARIA na
evolução do contexto social, histórico e político do Brasil e dentre estes o
episódio conhecido como a Conjuração Mineira do qual foi comparte o Alferes
Joaquim José da silva Xavier.
Nesta iniciativa de
promover a lembrança da conduta do mártir e herói Tiradentes e pela magnitude
de nossa Pátria, ousamos identificar que a própria História do Brasil, seus
heróis e os seus episódios foram condenados a um mórbido desterro
injustificável, pois muitas vezes pela desídia ou negligência das autoridades
constituídas, nosso povo e, infelizmente, a nossa juventude, palmilha um
caminho de ignorância do passado, vivendo apenas o presente sem qualquer
preocupação com o futuro.
Citando Brecht, “Infeliz
o povo que precisa de heróis. Mais infeliz ainda é o povo que esquece os seus
heróis”. É oportuno neste momento lembrar que também é infeliz a nação que
esquece o seu passado, ignorando a sua História, os seus costumes e as suas
tradições, pois certamente esta forma de agir comprometerá a construção do
presente, assim como qualquer projeto para o futuro.
OS ACONTECIMENTOS DA CONJURAÇÃO E O BRASIL DO SÉCULO XVIII
O domínio rígido da
Metrópole Portuguesa controlava a economia colonial brasileira por meio de um
sistema monopolista, usualmente aplicado naquela época de acordo com o contexto
do capitalismo comercial então em vigor, fazendo com que a economia do
Brasil-Colônia viesse a completar o sistema econômico português exportando com
exclusividade para Portugal matérias-primas e gêneros tropicais, enquanto
importava produtos manufaturados. Resumindo: O Brasil nada podia produzir em
detrimento a qualquer concorrência com a Metrópole Portuguesa. A exceção da
produção açucareira, o algodão, o couro do gado abatido, as folhas de tabaco,
nada poderia ser manufaturado no Brasil, fato que levou à época uma relação de
exclusividade denominada “Pacto Colonial” que a bem da verdade travava o
desenvolvimento econômico da Colônia, não só pelo abuso dos monopólios, mas,
sobretudo o rigor fiscal da Metrópole que buscava uma solução à crise
financeira que se instalara em Portugal no decorrer do Século XVIII pelo fato
de que a Coroa Portuguesa não possuía um lastro de capital suficiente para
concorrer com o processo de industrialização, já em franco desenvolvimento na
Inglaterra.
Nesse sentido,
incapaz de implantar o “Capitalismo Comercial” em oposição ao “Capitalismo
Industrial”, Portugal continuava ligado ao mercantilismo e por conseqüência ao
regime absolutista.
Em meados do Século
XVIII na Capitania das Minas Gerais a mineração – grande fonte que sustentava a
Metrópole – já se encontrava em franca decadência, tornando-se, portanto, um
alvo da voracidade fiscal e tributária de Portugal.
É oportuno lembrar
que a aversão do povo brasileiro ao colonizador português e o rigor do fisco
imposto pela Corte já se manifestava nas primeiras décadas do Século em questão
por movimentos rebeldes de caráter nativista a exemplo da Guerra dos Mascates,
em Pernambuco (1.710) e a insurreição de Vila Rica produzida por Filipe dos
Santos em 1.720.
As absurdas
exigências ditadas no Alvará Real de janeiro de 1.785 em prejuízo aos
brasileiros despertavam mais uma vez a idéia de Independência, principalmente
na Capitania das Minas Gerais.
Dentre outras, o
Alvará Real determinava a proibição do uso das estradas do interior para o
litoral visando evitar o contrabando e o extravio do ouro; A proibição da
entrada de livros estrangeiros visando à propagação de ideais liberais no
território brasileiro e a DERRAMA, destinada a cobrança de impostos atrasados
devidos pelos mineiros à Coroa Portuguesa.
Embora o esgotamento
do fastígio do ouro, a ambição desmedida do fisco ignorava o quadro e onerava
cada vez mais com pesados tributos tornando a situação praticamente
insustentável à população da Capitania das Minas Gerais.
Estando o Brasil
fechado para outras nações do mundo, tanto no aspecto comercial por força dos
monopólios, bem como no campo cultural, pois até mesmo os livros estavam
proibidos, julgava Portugal que nos rincões brasileiros não soariam os acordes
de liberdade que ameaçavam as monarquias absolutistas européias, abaladas pelos
filósofos iluministas franceses como RUSSEAU, VOLTAIRE E MONTESQUIEU, cujas
idéias falavam de liberdade, igualdade e fraternidade.
Estes ideais tomavam
força e vigor pelo exemplo da independência dos Estados Unidos da América
alcançada em 1.776, não tardando a encantar a juventude intelectual, sonhadora
e visionária que nas Minas Gerais e, mais precisamente em Vila Rica , decidia-se em
conquistar a liberdade do Brasil do jugo da Coroa Portuguesa.
Os primeiros passos
para esse movimento libertário foram dados na distante Europa, quando o
entusiasmo de brasileiros, filhos de famílias abastadas estudavam nas
Universidades européias de Coimbra, Montpellier e Bordeaux, justamente nos
calor das idéias liberais que mais tarde inflamariam a Revolução Francesa.
Há que se destacarem
os maçons iniciados nas terras européias como José Joaquim Maia e Barbalho e
José Álvares Maciel, cujo entusiasmo pela causa levou a José Joaquim da Maia a
se encontrar com Thomaz Jefferson, o redator da declaração da Independência dos
Estados Unidos e na época, embaixador na França. Em Nimes, Maia não titubeou a
pedir apoio dos Estados Unidos para os planos de um Brasil Independente.
José Joaquim Maia e
Barbalho viria a falecer em Portugal quando se preparava para regressar ao
Brasil. Entretanto, seus companheiros José Álvares Maciel e Domingos Vidal
Barbosa de regresso ao Brasil viriam a se instalar em Vila Rica e a partir de
1.788 passavam a arrebanhar adeptos no sentido de impulsionar a idéia de um
Brasil independente.
Das idéias liberais
trazidas da Europa pelos estudantes brasileiros, a voracidade do fisco
português e o temor pela cobrança dos impostos atrasados, reuniram às sombras
dos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, homens cujo objetivo era
a conquista da Independência do Brasil.
É dentre este grupo
que surge a figura do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, alcunha de
Tiradentes que viria a se constituir mais tarde como figura principal e Mártir
da Independência.
A
CONJURAÇÃO.
As reuniões de objetivo libertário
eram realizadas de forma alternada nas casas de Cláudio Manoel da Costa e do
Ten. Cel. Freire de Andrade, todavia nem sempre cautelosas levando-se em conta
a conspiração e os assuntos revolucionários. Devaneadores de um Brasil
independente, os bravos conjurados de forma até utópica, anteviam um Brasil
como República Democrática, sem escravos, onde haveria escolas e universidades
para o povo, justiça tributária, incentivo para instalação de indústrias, etc.
Seria também concedida uma anistia fiscal, a mineração e o comércio seriam
livres e a capital seria transferida para São João Del Rey.
Dentre outros planos
dos visionários conjurados, estes tinham convicção do apoio popular, não se
preocupando em preparar o povo para a rebelião. Para os conjurados, pois estes
eram reconhecidamente influenciados pela independência dos Estados Unidos da
América do Norte, o povo daria incontestável apoio tal qual ocorrera no
continente norte-americano, onde os colonos americanos pela criação de impostos
sobre o chá, vidro, etc., rebelaram-se em busca da independência que foi
alcançada. A DERRAMA, aqui no Brasil seria suficiente para provocar reação
popular nas Minas Gerais. Neste sentido, os conjurados decidiram que a
revolução romperia quando fosse lançada a DERRAMA.
Talvez pela ação
conspiratória um tanto quanto visionária e o ato covarde de Joaquim Silvério
dos Reis – integrante do grupo dos conjurados – denunciando a conjura ao
governador da Capitania, Visconde de Barbacena, levou ao malogro o projeto
libertário do Brasil, sepultando os anseios daqueles conjurados.
Com o ato traiçoeiro,
é então suspendida a DERRAMA e ordenada à prisão dos Conjurados residentes em Vila Rica e em outras
localidades da Capitania, sendo comunicado ao vice-rei D. Luiz de Vasconcelos o
movimento conspiratório quando então fora ordenada a prisão de TIRADENTES que
se encontrava em atividade conspiratória no Rio de Janeiro.
Inicia-se então – em
1.789 – um longo e penoso procedimento investigatório denominado de Autos da
Devassa que durariam três anos, submetendo os conjurados a exaustivos interrogatórios,
seguidos de violência e invasão de domicílio em busca de provas e materiais
documentais que pudessem comprometer os conjurados.
Ao longo deste
período inquisitorial, surpreendentemente muitos dos conjurados mostraram uma
fraqueza de caráter, acusando-se mutuamente no sentido de dar provas de
arrependimento, o que acarretaria em um turbilhão de acusações a Tiradentes.
Entretanto, para toda regra existe uma exceção, o comportamento do Alferes
Joaquim José da Silva Xavier durante todo o período interrogatório foi o de
nunca ter acusado os companheiros, nem mesmo demonstrando arrependimento e
fraqueza de caráter, pautando-se firme na convicção do propósito de libertar o
Brasil de Portugal.
Disse o alferes: “Se
mil vidas tivesse, mil vidas daria”. Estas palavras encontram-se
registradas nos Autos da Devassa e são prova inconteste do seu firme propósito
em lutar e morrer pela soberania da Pátria Brasileira.
Concluída a
“Devassa”, no dia 18 de abril de 1.792 exarou-se a sentença que no dia seguinte
era lida aos conjurados, donde onze foram condenados à morte na forca, cinco
condenados ao degredo perpétuo e os demais ao degredo temporário. Entretanto no
dia 20 de abril daquele ano nova sentença era lida, comutando a pena de morte
pelo degredo perpétuo para dez conjurados, mantendo-a apenas para Tiradentes,
cuja sentença determinava por ser “o único que se fez indigno da real
piedade”.
Na manhã de sábado,
21 de abril de 1.792, na forca levantada no Campo de São Domingos, ou Larga da
Lâmpadosa, consumava-se o martírio de TIRADENTES.
A SAGA
DE TIRADENTES.
Joaquim José da Silva Xavier nasceu a
12 de novembro de 1.746 na Fazenda do Pombal, Freguesia de Santa Rita do Rio
Abaixo, em Minas Gerais ,
de pai português e de mãe brasileira.
Cedo aprendeu com o
seu padrinho, Sebastião Pereira Leitão, o ofício de dentista prático, no qual
se tornou perito e que lhe rendeu a alcunha de “Tiradentes”. Aos 25 anos começa
a realizar viagens com fins comerciais e profissionais entre Minas Novas e o
Rio de Janeiro, as quais durariam aproximadamente cinco anos. Aos vinte e nove
anos assenta praça na cavalaria da Companhia dos Dragões de Vila Rica com o
posto de alferes. Alferes (do árabe: al-farc=cavaleiro)
é um antigo posto do exército brasileiro correspondente ao atual segundo-tenente.
De perfil muito
expansivo e falante, tornou-se bastante conhecido entre Vila Rica e o Rio de
Janeiro, nas estalagens, nas fazendas, nas casas comerciais e nos destacamentos
militares. Em 1781, comandava o posto de vigilância no caminho do Rio, com a missão
de reprimir o contrabando na serra da Mantiqueira. Dedicou-se também a
construção de estradas, como a ligação de Sete Lagoas a Paracatu e o
melhoramento de variante do Caminho Novo do Rio de Janeiro. Interessou-se pela
descoberta de novas lavras e teve uma fracassada experiência agrícola.
Nunca se casou, porém
teve uma filha de nome Joaquina, de sua ligação com Antonia Maria do Espírito
Santo.
Em face as suas
permanentes movimentações, fizeram-no, além de conhecido, estimado, ainda mais
em consideração ao seu temperamento simpático e expansivo, à sua língua solta e
à sua personalidade pitoresca. Sendo recebido em todos os meios, logo iria se
associar àqueles que se queixavam da opressão fiscal, dos impostos extorsivos,
dos peculatos, da corrupção e dos desmandos das autoridades.
O ano de 1.788 marcou
seus decisivos contatos no Rio de Janeiro com homens que iriam marcar a sua
vida e a sua atuação daí em
diante. Em março ele se aproxima do padre Rolim que era
acusado de contrabando e expulso das Minas Gerais. A 23 de julho ocorre o
famoso e importante encontro dele com José Álvares Maciel que acabara de
retornar da Europa. Este lhe dá conta da correspondência entre José Joaquim
Maia e Barbalhos e Thomas Jefferson. Deste encontro Maia entrega a Tiradentes um
exemplar do “Recueil”, coletânea dos princípios políticos básicos do sistema
constitucional norte-americano.
A partir daí, ele
começou sua pregação, participando de conventículos e da importante reunião dos
principais ativistas do movimento, em 26 de dezembro de 1.788, na casa de
Freire de Andrade, para formalizar os planos de um levante armado contra a
Coroa portuguesa.
Essa pregação do
alferes, todavia, ao invés de se limitar ao segredo de recintos fechados, como
convém a revoltosos, acabou atingindo reuniões em locais públicos, nas ruas,
nas praças, nos quartéis, nas tabernas, ou seja, em qualquer lugar em que
pudessem existir ouvintes que poderiam aderir ao movimento. Suas fala sobre
corrupção dos governadores, a exploração da colônia pela metrópole, as riquezas
da Capitania e a perfeição do regime republicano, que faria emergir essas
riquezas em benefício dos brasileiros, passavam de boca a boca e iam
comprometendo o futuro da revolta que, evidentemente, teria que ser
absolutamente secreta para ter êxito.
Era um entusiasta que
expunha suas idéias com fervor e que ia articulando os planos para o movimento,
garantindo a todos que o levante seria apoiado por gente do Rio de Janeiro, do
Pará, da Bahia, de Pernambuco e até da França, que haveria de mandar naus de
Bordéus. Graças a isto, muitos dos seus companheiros o consideravam um
visionário.
Quando parecia
delineado o movimento, o Tiradentes volta ao Rio de Janeiro, a 11 de março,
depois de ter recebido licença no dia 10. A 14 do mesmo mês é suspensa a Derrama –
conforme carta enviada por Barbacena à Câmara de Vila Rica – e no dia seguinte,
dia 15, o delator do movimento Silvério dos Reis, apresentava verbalmente a sua
denúncia, conforme atestado do visconde de Barbacena, incluindo no Vol. I dos
Autos da Devassa.
Denunciado o motim,
ou o que restava dele, o Tiradentes passou a ser vigiado no Rio de Janeiro,
sendo preso no dia 10 de maio, três dias depois de instalada a Devassa do Rio
de Janeiro. Encarcerado na ilha das Cobras passou por vários interrogatórios
entre 1789 e 1791. Em 18 de janeiro de 1790 ele confessa ter sido cabeça do
motim, justificando o fato de nada ter dito antes por não querer perder
ninguém, mas que, diante das evidências contra ele apresentadas, reconhece que
tramou tudo, sem que sofresse a influência de ninguém.
O espetáculo desta
tragicomédia chegaria ao fim com o enforcamento do Alferes Joaquim José na
manhã de 21 de abril de 1.792, ao redor das 11 horas, numa ensolarada manhã de
sábado. Morria o homem que sonhou com a liberdade do Brasil, nascendo
concomitantemente o mito que estimularia a Independência de 1.822.
Cita Calógeras, “antes
mesmo de nascer, a Inconfidência tinha morrido. Resumiam-se em planos, projetos
e conferências vagas. Nada fora feito para transformá-la em realidade. Sua
importância, entretanto, manifestou-se com o decorrer do tempo, não em
execução, mas como sintoma. Dera a medida da opinião pública, índice de
hostilidade generalizada contra a administração lusitana e seus métodos. Nela
despontava a Independência”.
CONCLUSÃO.
Antes mesmo de nascer esse movimento
sedicioso de Vila Rica tinha morrido. Talvez lhe tenha faltado consistência
ideológica, não sendo fácil a abordagem desta questão, pois tão escassas e
vagas são as idéias que transparecem nos registros que também eram raros.
Tiradentes, proclamado herói nacional
quando foi implantada a república, e patrono do Brasil em época mais recente,
merece na realidade estas honrarias póstumas, pois foi um entusiasta de uma
causa de que outros se aproveitavam, assumiu todos os riscos, com o estoicismo
dos predestinados e enfrentou a morte com a serenidade e a dignidade que os
demais conjurados não souberam manter nos momentos mais cruciais.
Graças ao fato de ter sido levado ao
degrau mais alto do altar da Pátria como mártir da liberdade, a sua figura
sempre seduziu a todas as camadas sociais e a todos os pesquisadores da
História nacional.
Neste momento de homenagem ao mártir
da liberdade da nossa Pátria, é oportuno uma reflexão sobre os dias atuais tão
conturbados e abarrotados de péssimos exemplos por parte de alguns partícipes
de segmentos da política nacional.
Ao lembrarmos Tiradentes e o seu
calvário na forca tendo o seu corpo esquartejado e espalhado a servir de um
tétrico exemplo, tão grave quanto esta execução sumária é o exemplo deixado por
aqueles que eleitos para representar os anseios do povo brasileiro, trocam este
objetivo por atos de corrupção e enriquecimento ilícito, roubando a nação e se
escondendo sobre o manto secreto do corporativismo onde acertos e acordos tomam
o lugar da justiça e da equidade.
Se o mártir fora sacrificado por lutar
por justos ideais, quando a Derrama extorquia os brasileiros com impostos
descomunais, o que se poderia dizer atualmente com a pesada carga de impostos
auferidos pelos poderes constituídos, sacrificando uma nação cansada de lutar
pelo seu engrandecimento, mas sem a devida recompensa.
Num afã de neologismos criam-se
adjetivos para qualificar as vias da corrupção. Propinodudos, valeriodutos,
mensalão são adágios do dia a dia de uma nação que tem um povo simples, humilde
e trabalhador, entretanto, extorquido.
A liberdade ainda que tardia desperta
o povo, ergue a nação e exalta as sãs consciências. A palavra liberdade inspira
poetas, encoraja soldados, arma patriotas e produz heróis.
O corpo repartido de Tiradentes arde
até hoje exposto nas estradas do tempo da nossa História, sangrando para que a
liberdade seja lembrada todos os dias e todas às horas, convidando-nos ao
testemunho, à vigilância e ao exemplo.
Tomara que o exemplo do mártir na luta
pela liberdade possa assegurar a cada brasileiro as condições mínimas de
subsistência como alimentação, educação, habitação e a saúde. Que assegure o
direito de não ser discriminado pela cor, pela condição social, pela idade e
pelas convicções políticas e religiosas. Que o suplício de Tiradentes lembre às
autoridades que o homem tem o direito a felicidade, ao trabalho e, sobretudo, a
viver com dignidade.
E.T. No resumo histórico deste texto,
em grande parte, tiveram por base apontamentos do saudoso Irmão José
Castellani, assim como bibliografia pertinente ao tema.
PEDRO JUK.
ABRIL/2006.
Revisado em abril de 2.014
Nenhum comentário:
Postar um comentário