Em
12/12/2018 o Irmão Samir Canonica, Loja Fênix das Araucárias, 4.254, REAA,
GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:
V.I.T.R.I.O.L.
Estou fazendo um
trabalho sobre o V.I.T.R.I.O.L. A dúvida que surgiu é se o mesmo é ou não um
elemento obrigatório na Câmara de Reflexão, pois no nosso Ritual de Aprendiz,
versão 2009, pagina 28, não há referências sobre este elemento.
CONSIDERAÇÕES.
De fato, o Ritual mencionado não faz
qualquer alusão a esse importante acrograma que indubitavelmente faz parte do
relicário simbólico da Câmara de Reflexão no REAA.
Infelizmente, o que tem ocorrido é que
alguns ritualistas - ou que pelo menos se dizem ritualistas - na verdade não
passam de meros copistas que utilizam fontes ultrapassadas. Sobretudo, por não
entenderem a miúde sobre aquilo que estão escrevendo (copiando), importantes
informações têm deixadas de ser consideradas.
Não é nem preciso se aprofundar no tema,
basta verificar em qualquer gravura relativa à Câmara de Reflexão da Maçonaria
francesa que a sigla V.I.T.R.I.O.L. está presente, quando não, nos rituais
autênticos do REAA.
Obviamente
que para tal é preciso antes se compreender que o conteúdo simbólico da Câmara
exprime uma lição, portanto os elementos que a compõe são peças imprescindíveis
e precisam estar presentes, caso contrário a alegoria pode acabar não fazendo nenhum
sentido. Por certo é preciso igualmente que se compreenda qual é o propósito da
Câmara no ideário iniciático do REAA.
O acrograma V.I.T.R.I.O.L. - Demonstrado
na Câmara de Reflexão do REAA com letras separadas por pontos, seu significado
é “Visitae Interiora Terrae. Reticandoque,
Invenies Occultum Lapidem” – “Visitai o interior da Terra. Retificando
encontrarás a Pedra oculta”. Em síntese é um convite à busca do conhecimento de
si próprio. Nesse caso “Visitai o
interior” é um convite a visitar as suas entranhas; o seu próprio “eu”. O
termo “Retificando” se refere a
retificação, ou purificação pelos Elementos, enquanto que a Pedra oculta é uma
menção feita à Pedra Filosofal.
Por óbvio é preciso que o estudante compreenda
o sentido e a existência dos símbolos e alegorias que constam da Câmara de
Reflexão, sobretudo como objeto de estudo do Segundo Grau.
Enfim, tudo se resume na purificação e
renascimento. A busca da Pedra Filosofal, a Quintessência, e a transformação do
vil metal em ouro espiritual são elementos que fazem parte dessa matéria.
Visitar, ou descer ao seu próprio interior é um convite para reflexão – diriam alguns:
são somente pedras; o sagrado para alguns passa despercebido por outros.
Sem dúvida o cerne doutrinário da
Câmara de Reflexão está na eterna busca de transformar os elementos primários
no verdadeiro “éter”. Significa fazer do homem iniciado um “cosmo vivido” e não
um “egus vivendi”.
Como se pode notar, a sutiliza dos
símbolos e das alegorias se completam por si só, daí ser premente que esse
mosaico simbólico esteja completo para a compreensão do Iniciado. A falta de um
elemento sequer, pode dissolver por completo o objetivo, ou mesmo se tornar um
mero objeto de contemplação.
Por fim, de modo prático, devo
mencionar que como Secretário Geral já fiz constar na Câmara de Reflexão a
sigla V.I.T.R.I.O.L. nas Orientações Ritualísticas que em breve ficarão à
disposição dos Irmãos na plataforma do GOB Ritualística.
T.F.A.
PEDRO
JUK
MAIO/2019
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