Em 23/08/2017 o Respeitável Irmão
Antonio do Nascimento, Loja Acácia da Colina, Rito Brasileiro, sem mencionar o
nome da Obediência, Oriente de Piracicaba, Estado de São Paulo, solicita o
seguinte esclarecimento:
UM SÓ GOLPE DE MALHETE
Recorro aos vastos conhecimentos maçônicos do estimado Irmão para tirar
uma dúvida. Se uma Sessão de Finanças é aberta pelo Venerável Mestre com um só
golpe de malhete, há necessidade de abrir o Livro da Lei? Bem sei que o saudoso
Irmão Castellani defendia que qualquer sessão deve ser aberta
ritualisticamente.
Eu tenho um entendimento sobre o referido assunto, mas não sei se está
correto. Na minha maneira de ver, se toda a Abertura Ritualística foi suprimida
(pelo golpe de malhete) não há necessidade de que seja aberto o Livro da Lei,
uma vez que este procedimento está incluído na Abertura Ritualística da sessão.
Procurei nos Consultórios Maçônicos do Irmão Castellani e nada encontrei a
respeito.
Eu e alguns Irmãos trocamos ideias sobre essa questão, com entendimentos
diferenciados (alguns concordam com a minha interpretação, outros não).
Argumenta-se que o Livro da Lei deve sempre ser aberto, mesmo que a sessão
tenha sido iniciada com um só golpe de malhete.
Entendo que a Sessão de Finanças é uma sessão estritamente
administrativa e para reforçar o meu entendimento, tenho lembrado que nas
sessões eleitorais o Livro da Lei não é aberto.
Desde já, agradeço a sua atenção e atendimento ao meu pedido.
CONSIDERAÇÕES.
Tudo vai depender do
que exaram os regulamentos da Obediência. Como não existe essa informação na
sua questão, vou seguir o exemplo do Grande Oriente do Brasil e o que prevê o
seu Regulamento Geral da Federação nos Artigos 108 e 109. Nesses Artigos fica claro
que a Sessão é Ordinária de Finanças no Grau de Aprendiz Maçom, portanto aberta
ritualisticamente conforme o ritual do Rito praticado.
No rigor da lei e da
tradição maçônica não existe nenhuma “sessão ritualística aberta com um só
golpe de malhete”. O que se anuncia com um golpe de malhete é a Ordem do
Dia de uma sessão regular onde serão tratados, nesse caso, somente assuntos
pertinentes às finanças da Loja.
Outro importante aspecto
que deve ser considerado a respeito, é que os assuntos votados na Ordem do Dia
somente têm a chancela da legalidade se a Loja tiver sido regularmente aberta e,
para tal, existe, conforme o Rito, uma liturgia específica que envolve a
bateria do grau e a exposição das Três Grandes Luzes Emblemáticas (Livro da
Lei, Esquadro e Compasso) como condição única para se abrir uma Loja.
Não menos importante
ainda é a existência de um autêntico Landmark da Ordem (imemorial, espontâneo e
universalmente aceito) que adverte que uma Loja somente seja aberta na presença
das Três Grandes Luzes, ou Luzes Emblemáticas da Maçonaria.
Assim, independente do
tipo de Sessão Maçônica (ordinária ou magna), se for realizada ritualisticamente
em Loja aberta, não há como iniciar os seus trabalhos com um só golpe de
malhete, já que para se abrir o Livro da Lei (condição sine qua non para se abrir a Loja) existe uma liturgia de abertura
e nela se processam golpes de malhete para a abertura e o encerramento tantos quantos
forem necessários pelo grau de trabalho.
Já que Sessão
Eleitoral também foi mencionada na questão, vale a pena mencionar a título de
exemplo que, no caso de eleição para Grão-Mestre, o Ritual de Mestre Maçom do
REAA\ do GOB prevê uma Sessão Extraordinária,
cuja mesma é sempre aberta e encerrada ritualisticamente, não existindo,
portanto esse famigerado “um só golpe de malhete” para a abertura dos
trabalhos.
Dados a todos esses
comentários é que o saudoso Irmão José Castellani já nos alertava para esse
equivoco quando afirmava que “não é maçônica uma sessão aberta com um só golpe
de malhete”.
Agora, se existem Obediências
com Regulamentos e/ou Decretos em vigência de Poderes constituídos que exaram métodos
contrários ao que aqui foi comentado, há que se discutir então até que ponto
isso é legal sob a égide da tradição maçônica.
Concluindo, salvo as
Sessões Administrativas ou alguma outra determinação superior oriunda de um
tribunal eleitoral, por exemplo, a única oportunidade em que um Venerável
Mestre pode utilizar-se da prática de “um só golpe de malhete” numa sessão
ritualística é para encerrá-la onde porventura o momento inevitavelmente
requeira essa providência (sinistros, emergência médica, etc.).
T.F.A.
PEDRO JUK
NOV/2017
não posso deixar de comentar. No REAA todas as sessões são baertas ritualisticamente. as sessões que o Ir.´. cham de financeira no REAA se faz dentro da Sessão de MM portanto sua abertura sempre se dá reitualisticamente inclusive com abertura do LL. De qualquer forma entendo pelos estudos que todos os trabalhos em Lj, ou seja, no templo deverão ser feitos em sessões nas quais é obrigatoria a ritualsitica pois se assimnão fosse não poderia ser considerada sessão. se ha paramentação dos Ir.´. e utilização do local sagrado então entendo que a baertura sempre será ritualista e com consecutiva abertura do LL. Se assim não fosse nem precisaria usar o templo e reunião financeira poderia ocorrer na spp mesmo ou no proprio atrio. SMJ essa é minha opinião
ResponderExcluiremail para contato roniadv@hotmail.com
ResponderExcluirNo caso do Grande Oriente do Brasil, as Sessões de Finanças, de fato ritualísticas, conforme o RGF são realizadas no Grau de Aprendiz Maçom.
ResponderExcluirPor favor ir Pedro, uma dúvida: ana saída da loja no fim dos trabalhos, percebo que as luzes saem carregando o malhete...está correto ? Eles não deveriam ficar em cima do altar e ou mesas ? Gob reaa cim 253184 MI
ResponderExcluirPura invencionice. Entram sem malhete e assim também saem.
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