Em 18.09.2017 o Respeitável Irmão
Bruno Manhães Ferreira, sem mencionar o nome da sua Loja, nem o Oriente,
GLMERJ, REAA, Estado do Rio de Janeiro, apresenta o que segue:
GESTICULAR DURANTE O USO DA PALAVRA E DISPENSA DE SINAL
Na Loja está havendo a respeito do Sinal de Ordem e pediram aos Irmãos
Aprendizes a pesquisarem sobre o assunto.
Como deve ser a postura quando se fala estando à Ordem? Em nossa loja muitos questionam o Irmão que
gesticula com o braço esquerdo, dizendo que não pode que deve ficar imóvel. Mas
no ritual não menciona o braço esquerdo.
Ainda sobre o Sinal de Ordem, é normal o Venerável Mestre dá a cortesia de falar sem estar à Ordem? Caso
não fosse dada esta cortesia, como deveria ser feito?
CONSIDERAÇÕES PARA O REAA\.
Ato de gesticular a
mão - Em Maçonaria o termo “estar à Ordem” significa “estar pronto”, “estar
à disposição”, “estar preparado”, ou outras qualificações do gênero.
Todo o obreiro que
estiver à Ordem, estará com o corpo ereto (prumo), pés unidos pelos calcanhares
formando a esq\ e, ao mesmo tempo,
compondo o Sinal do Grau.
É sabido entre os
maçons que existem sinais maçônicos que ocupam as duas mãos, enquanto que
outros não. Assim, no caso daqueles que ocupam apenas uma delas, a outra, com
seu respectivo braço e antebraço fica parada.
O ato de gesticular
a mão que está livre da composição do Sinal durante a fala não faz parte da
liturgia maçônica, senão como um hábito ou cacoete utilizado por alguns durante
a fala.
Obviamente que, se
a mão desocupada não faz parte do Sinal, ela não será mencionada no ritual.
Embora o ideal fosse que nenhum
movimento existisse nessa oportunidade, eu entendo que em não havendo exagero
de gesto com a mão desocupada, também nada existe que possa impedir esse
costume. Mas, ratifico isso não é regra.
Ato de falar sem a
composição do Sinal – Essa “estória” de o Venerável Mestre indiscriminadamente ficar
dispensando o Sinal de Ordem durante o uso da palavra é atitude muito pouco
recomendável e não deve ser utilizada corriqueiramente.
Em Loja aberta,
quem fala em pé, fala à Ordem. Com muito bom senso o Venerável até pode em
casos extraordinários dispensar a composição do Sinal de Ordem, entretanto isso
não é uma regra, senão uma rara exceção.
É de péssima
geometria atitudes de alguns Veneráveis que fazem dessa cortesia excepcional
prática comum durante os trabalhos. Sem Sinal aqueles obreiros que fazem
intermináveis discursos repletos de rançoso lirismo ficam mais à vontade para
esgotar a paciência dos outros, ao mesmo tempo em que castigam o pobre do
Secretário que se vê obrigado a anotar todo o “relicário de abobrinhas”.
Já ao contrário, pelo
desconforto sentido pela composição do Sinal, o obreiro chato, sem se alongar,
acaba falando menos, ou apenas o necessário.
Se o Venerável Mestre
por alguma razão plausível resolver dispensar o Sinal de Ordem, o obreiro então
desfaz o mesmo na forma de costume e, respeitosamente mantém o seu corpo ereto
colocando as mãos cruzadas, ou sobre o avental, ou mesmo à sua retaguarda. Ratifico:
isso também não é regra, mas sim uma prática eivada de boa educação e respeito
pelos demais.
T.F.A.
PEDRO JUK
DEZ/2017
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