Em 11/10/2017 o Irmão Ivo Carlos
Hoemke, Loja Renascer do Vale, 4007, REAA, GOB-SC, sem mencionar o nome do
Oriente, Estado de Santa Catarina, solicita informações:
DUVIDAS RITUALÍSTICAS NO REAA – LUVAS E BOLSA.
Sou Aprendiz Maçom, faltando apenas uma semana para minha Elevação
(17.10.2017-20h). Tenho me dedicado com afinco a sanar dúvidas que surgem a
cada sessão, ou a cada visita a outro Oriente. Gostaria de lhe fazer duas consultas.
A primeira com relação à posição correta / uso das luvas, presenteadas aquela
que mais direito tiver à vossa estima e ao vosso afeto (pag.137 -Ritual REAA\ - Sessão Magna de Iniciação). Com relação às luvas
tenho ouvido de tudo, colocar as duas sobre o antebraço direito, antebraço
esquerdo, uma luva deve ser calçada e a outra colocada sobre o antebraço
correspondente, tenho inclusive ouvido que cada Rito trata a seu modo (achei um
absurdo, mas....).
A segunda dúvida é com relação à posição que deve terminar o Saco de
Propostas e Informações / Tronco de Beneficência após fazerem o seu giro,
muitos Mestres de Cerimônias / Hospitaleiro terminam com ele levantado, tanto
pela mão esquerda como pela direita. Recebi a orientação de um Irmão antigo na
Ordem que o saco deve terminar junto ao quadril esquerdo como iniciou, e que o
termo suspenso (vide Ritual pag.55 / 75) significa que está suspenso até a
próxima sessão.
Conto com a seu valioso conhecimento para me ajudar.
CONSIDERAÇÕES.
Luvas – Eu já
escrevi bastante sobre isso.
Não existe nenhuma
regra, sinal, posição ou coisas do gênero relacionadas às luvas femininas
entregues ao iniciado durante a cerimônia de Iniciação no REAA\.
O maçom após tê-las
recebido simplesmente entrega-as quando achar conveniente àquela que ele
desejar, podendo ser sua esposa, mãe, madrinha, filha, avó, etc.
Também não existe
cerimônia à parte para a entrega das luvas pelo Iniciado como equivocadamente
algumas lojas insistem em fazer reunindo as cunhadas e irmãos após a sessão
para que o Iniciado faça a entrega das luvas para a sua esposa. O maçom
simplesmente recebe o par de luvas femininas conforme o ritual e ao seu critério,
discretamente elege quando quiser a merecedora desse símbolo.
Quem a recebe
simplesmente a guarda como lembrança de alguém que lhe oferta merecida estima e
nada mais.
Em resumo, aquela
que recebe as luvas não tem a obrigação de usá-las e nem mesmo elas servem para
outra coisa senão como uma singela lembrança. Essa “estória” de sinal de
socorro para as cunhadas com as luvas é prática cercada da mais pura bobagem.
A maçonaria
francesa adota a entrega do par de luvas femininas ao iniciando apenas no
intuito de destacar a virtude da liberdade para aquele que a recebe e a quem
ele o dará. Obviamente, como eu tenho dito, isso não presume nenhuma atitude
contrária aos bons costumes, como por exemplo, a possibilidade do maçom
entregá-la a uma concubina, pois esse tipo de costume é repudiado pela
Maçonaria e não se admite que uma Loja possa cometer a desfaçatez de iniciar um
elemento dado a práticas condenáveis.
Bolsa – ao término
da circulação nessa ocasião se dá com o protagonista mantendo a bolsa de modo
igual ao adotado no início do procedimento, isto é, ele mantém o recipiente
seguro pelas duas mãos no lado esquerdo do corpo e na altura do quadril. Não
existe outra postura ou um eventual gesto.
O termo “suspenso”
nesse caso corresponde ao verbo transitivo direto “suspender”. Suspenso é o ato
de suspender interrompendo uma ação; fazer cessar; deter; conter. A prática
nada tem a ver com o ato de levantar, erguer, elevar alguma coisa.
A questão não é
também a de suspender até a próxima sessão, mas sim se refere ao ato de que
está suspensa a circulação e abordagem porque o objetivo fora cumprido. Não
existe outro gesto na oportunidade. O oficial simplesmente fica parado
segurando a bolsa com as duas mãos na forma de costume aguardando ordens.
T.F.A.
PEDRO JUK
JAN/2018.
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