sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

RODA VIVA

RODA VIVA


Tem dias que a gente se sente;
Como quem partiu ou morreu.
A gente estancou de repente;
Ou foi o mundo então que cresceu...
Pois é, tem dias que a gente se sente é apedrejado pela contracultura. Explico:
Hoje pela manhã presenciei Irmãos tecendo comentários a respeito do engodo já desmascarado de que Tiradentes foi iniciado na Ordem. Essas alusões temerárias de há muito já sepultadas, de vez em quando são desenterradas dos porões da falsidade. Sem dúvida rebati a bobagem e espero que a minha indignação tenha surtido efeito, pelo menos para alguns "manos".
Não bastasse a besteira matinal, recebi agora à tarde a consulta de um respeitável Irmão me perguntando a minha opinião sobre um livro conhecido como A Chave de Hiran em tradução feita pelo saudoso Irmão Zé Rodrix.
Ora, essa foi mais uma pancada no meu humor de final de semana. Não pela consulta do Irmão - que não tem culpa de nada - mas de mais uma necrópcia literária que deveria estar enterrada sob merecidos bons palmos de terra, mas que anda aí pela Internet minando a verdadeira cultura maçônica (na verdade o consulente apenas recebeu esse balaio de abobrinhas).
Assim, meio macambúzio, dei a seguinte resposta:
"A respeito do livro, ele é um verdadeiro atentado contra a História da Ordem. Imaginar Maçonaria naqueles tempos (do Antigo Egito) não merece, pelo menos da minha pessoa, qualquer consideração. Esse livro é mesmo um romance que os incautos o tem como um elemento verdadeiro. De verdadeiro em termos de Maçonaria ele não tem nada. Agora de imaginação e de temerárias considerações ele é sem dúvida um prato cheio. Esse tipo de literatura, com título apelativo para vender bem, de há muito tempo já extirpei da minha biblioteca. Se queres a minha opinião sincera, jogue fora essa porcaria".
Essa foi a resposta que eu dei.
Ora, esses autores contadores de "estórias" pelo menos deveriam mencionar que a tragédia hirâmica tem sido apenas uma lenda, não um fato real, cujo qual fora criado com a intenção didática de dar suporte aos verdadeiros ensinamentos maçônicos.
Desculpem a minha irreverência, mas é um desabafo de quem junto com autênticos autores quer trazer a tona apenas a Verdade sobre a nossa Sublime Instituição.
Hiran no Egito e Tiradentes maçom é d'escrachar mesmo e tira até o humor de quem vive hoje um belíssimo final de semana em plenas férias.
Não dá para acreditar nesses "pasquins literários" como se eles fizessem parte da autêntica escola maçônica. Pelo amor de Deus, vamos aprender primeiro o que é Maçonaria!
Pelo amor de Deus editores, vamos separar o joio do trigo e não colaborar com a propaganda enganosa!
Pronto, desabafei.
Bom final de semana.

 PEDRO JUK

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