Em 12/11/2018 o Respeitável Irmão Renato Coelho, Venerável Mestre da Loja
Trajano, Theodomiro da Silva, REAA, GOB-MG, Oriente de Belo Horizonte, Estado
de Minas Gerais, solicita o seguinte esclarecimento:
QUANDO O MESTRE DE CERIMÔNIAS DEVE USAR O BASTÃO.
Peço explicar se o Mestre de Cerimônias, ao
conduzir um Aprendiz entre Colunas para Instruções e principalmente se o mesmo
tiver de instruir o Aprendiz, por exemplo, com a macha e bateria do Grau, se
estará de posse do Bastão?
Peço discriminar todos os momentos obrigatórios,
que o Mestre de Cerimônias deverá estar com o Bastão.
CONSIDERAÇÕES:
Exprime o Ritual na
sua página 44:
“O M\ de CCer\ estará munido de bastão, não devendo usá-lo quando circular em Loja,
excetuando-se na abertura e no encerramento dos Trabalhos, ou quando conduzir
um Ir\ em Loja, ou ainda quando o Ritual o determinar”.
Especificamente, no caso da primeira instrução ao Aprendiz na página 164
do Ritual o Venerável ordena ao Mestre de Cerimônias que ele convide o Irmão
Aprendiz para receber os ensinamentos. Na mesma página vai um explicativo
determinando que o Aprendiz seja colocado entre colunas para receber a
instrução.
Nesse sentido, o Mestre de Cerimônias deve conduzir o Ir\, porquanto deveria estar munido do
bastão, entretanto é preciso se levar em conta que ele para ensinar o Aprendiz,
por motivos óbvios, carece de estar com as suas mãos livres, tornando-se
impróprio e incômodo o uso do bastão nessa oportunidade. Nesse sentido o bom
senso aponta para que ele não utilize o bastão ao auxiliar na instrução.
Como se sabe, toda a regra tem a sua exceção e esse é um caso, o que nos
dá a certeza que pela necessidade do momento não se estará ferindo o ritual. Aliás,
é bom que se diga que entre proceder de modo incorreto só porque ele “está
escrito”, ou o de se fazer a coisa comprovadamente correta, o melhor mesmo é se
optar pelo comprovadamente correto.
O bom senso tem sido uma virtude na vida, sobretudo quando se aplica
corretamente a razão para julgar ou raciocinar casos particulares da existência.
Ao invés de se utilizar de uma prática equivocada só porque às vezes ela está
escrita, melhor mesmo é buscar bom senso para julgar e resolver o problema de
acordo com o senso comum. Seria oportuno que os defensores da máxima “onde é
que está escrito” se inteirassem às vezes, pelo menos um pouco dessa assertiva.
Excesso de preciosismo é um vício que desvirtua o progresso.
Quanto à discriminação de “todos os momentos obrigatórios” que o Mestre
de Cerimônias deverá estar com o bastão, penso que além daqueles previstos,
outras situações poderão se apresentar durante a liturgia, portanto não tenho
como prever essas situações, senão recomentar que, diante delas o Irmão utilize
o “bom senso”.
Concluindo, circunstâncias como essa farão parte das explicações e
orientações ritualísticas para os três rituais do REAA\ que serão paulatinamente publicadas numa
plataforma de nome GOB-RITUALÍSTICA ainda esse mês.
T.F.A.
PEDRO JUK
MAR/2019
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