segunda-feira, 25 de junho de 2018

RETARDATÁRIO - A QUEM ANUNCIAR


Em 23/04/2018 o Respeitável Irmão Ronaldo Neris Batista, Loja Fé, Equilíbrio e Amor, 317, REAA, GLESP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:

RETARDATÁRIO. A QUEM ANUNCIAR?


Novamente venho recorrer aos vossos ensinamentos e esclarecimentos.
Em uma Loja aberta no grau de Companheiro um Irmão que chegue atrasado e ritualisticamente bate à porta de forma correta no devido grau, isto é, bate
como Companheiro o Irmão Guarda do Templo deve dirigir-se ao 1º ou ao 2º Vigilante?
Pergunto isso porque de rotina costuma-se seguir o ritual de Aprendiz e o Guarda do Templo dirige-se anunciando ao 1º Vigilante.
Entretanto, no ritual de exaltação está claro quando da entrada do “exaltante” que se deve informar ao 2º Vigilante que, “...como Companheiro bate-se a porta do Templo”
Parece-me mais lógico, realmente anunciar ao 2º Vigilante a chegada de um irmão de sua coluna.

CONSIDERAÇÕES.

Antes um pequeno reparo. Atraso não é procedimento institucionalizado, entretanto nesse caso um retardatário dará sempre na porta do Templo a bateria universal, que é a do Aprendiz, não importando o grau de trabalho da Loja. Cabe ao Cobridor Interno quando da verificação de quem bate informar ao atrasado o grau de trabalho da Loja.
Quanto a quem o Cobridor informa numa situação dessas, nas sessões ordinárias (econômicas) ele o faz sempre ao Primeiro Vigilante porque esse Vigilante está no extremo do Ocidente, portanto mais próximo da porta e do próprio Cobridor. Note que na abertura dos trabalhos, como sua primeira obrigação, o Primeiro Vigilante se dirige ao Cobridor para se certificar da cobertura do recinto. Destaque-se que a Sala da Loja é alegoricamente um canteiro de obras.
Já no que diz respeito à cerimônia de Exaltação, a questão não é a de ser um Irmão dessa ou daquela Coluna que pede ingresso, porém é uma questão de característica iniciática que envolve a liturgia maçônica.
Isso se explica porque desde os primórdios da Maçonaria quem recebia os candidatos nessas cerimônias sempre era o Segundo Vigilante.
De certo modo, a Moderna Maçonaria conservou essa tradição mantendo esse dialogo ritualístico nas sessões magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação com o Segundo Vigilante, embora ainda existam rituais que não respeitam essa regra, o que é lamentável.
É oportuno mencionar que a ritualística maçônica é detentora de inúmeros pormenores que devem ser observados, dos quais eu destacaria, nesse caso, dois aspectos: a do retardatário que pede ingresso e a do candidato que passa por uma cerimônia iniciática (iniciação ou aumento de salário). Em ambos os casos os procedimentos se distinguem porque o primeiro se reporta a simplesmente solicitar ingresso para participar dos trabalhos na Loja, enquanto o no segundo o ingresso é parte de um procedimento ritualístico que compõe a liturgia iniciática.

T.F.A.

PEDRO JUK

JUNHO/2018

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