Em 23/04/2018 o Respeitável Irmão
Ronaldo Neris Batista, Loja Fé, Equilíbrio e Amor, 317, REAA, GLESP, Oriente de
São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:
RETARDATÁRIO. A QUEM ANUNCIAR?
Novamente venho recorrer aos vossos ensinamentos e esclarecimentos.
Em uma Loja aberta no grau de Companheiro um Irmão que chegue atrasado e
ritualisticamente bate à porta de forma correta no devido grau, isto é, bate
como Companheiro o Irmão Guarda do Templo deve dirigir-se ao 1º ou ao 2º
Vigilante?
Pergunto isso porque de rotina costuma-se seguir o ritual de Aprendiz e
o Guarda do Templo dirige-se anunciando ao 1º Vigilante.
Entretanto, no ritual de exaltação está claro quando da entrada do “exaltante”
que se deve informar ao 2º Vigilante que, “...como Companheiro bate-se a porta
do Templo”
Parece-me mais lógico, realmente anunciar ao 2º Vigilante a chegada de
um irmão de sua coluna.
CONSIDERAÇÕES.
Antes um pequeno
reparo. Atraso não é procedimento institucionalizado, entretanto nesse caso um
retardatário dará sempre na porta do Templo a bateria universal, que é a do
Aprendiz, não importando o grau de trabalho da Loja. Cabe ao Cobridor Interno
quando da verificação de quem bate informar ao atrasado o grau de trabalho da
Loja.
Quanto a quem o
Cobridor informa numa situação dessas, nas sessões ordinárias (econômicas) ele
o faz sempre ao Primeiro Vigilante porque esse Vigilante está no extremo do
Ocidente, portanto mais próximo da porta e do próprio Cobridor. Note que na
abertura dos trabalhos, como sua primeira obrigação, o Primeiro Vigilante se
dirige ao Cobridor para se certificar da cobertura do recinto. Destaque-se que
a Sala da Loja é alegoricamente um canteiro de obras.
Já no que diz
respeito à cerimônia de Exaltação, a questão não é a de ser um Irmão dessa ou
daquela Coluna que pede ingresso, porém é uma questão de característica
iniciática que envolve a liturgia maçônica.
Isso se explica
porque desde os primórdios da Maçonaria quem recebia os candidatos nessas
cerimônias sempre era o Segundo Vigilante.
De certo modo, a
Moderna Maçonaria conservou essa tradição mantendo esse dialogo ritualístico nas
sessões magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação com o Segundo Vigilante,
embora ainda existam rituais que não respeitam essa regra, o que é lamentável.
É oportuno
mencionar que a ritualística maçônica é detentora de inúmeros pormenores que
devem ser observados, dos quais eu destacaria, nesse caso, dois aspectos: a do
retardatário que pede ingresso e a do candidato que passa por uma cerimônia
iniciática (iniciação ou aumento de salário). Em ambos os casos os procedimentos
se distinguem porque o primeiro se reporta a simplesmente solicitar ingresso
para participar dos trabalhos na Loja, enquanto o no segundo o ingresso é parte
de um procedimento ritualístico que compõe a liturgia iniciática.
T.F.A.
PEDRO JUK
JUNHO/2018
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