Em 25/04/2018 o Respeitável Irmão
Carlos Roberto Coelho, Loja Alma Farrapa, 3.028, REAA, GOB-RS, Oriente de Porto
Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, solicita esclarecimentos para o seguinte:
APRESENTAÇÃO DE TRABALHO EM LOJA
Mais uma vez recorro aos seus conhecimentos para esclarecer algumas
dúvidas.
As questões desta vez são quanto à apresentação de trabalhos em Loja, a
saber:
1 - O Irmão que for apresentar trabalho, apresenta do seu lugar, ou se
coloca entre colunas?
2 - Quando da saudação as Luzes, o Irmão deverá fazer o sinal e
descarregá-lo quando se dirigir a cada uma das Luzes, ou arma o sinal,
cumprimenta as luzes e só depois desarma?
3 - É permitido, após a apresentação do trabalho, ainda no Tempo de
Estudos, passar a palavra nas colunas, para comentários ou sugestões ao mesmo,
ou somente na hora da Palavra?
Na certeza de que suas considerações serão de grande utilidade para o
esclarecimento destas dúvidas, mais uma vez agradeço antecipadamente e nos
colocamos a sua inteira disposição aqui no Sul.
CONSIDERAÇÕES:
- Não existe uma regra específica para tal, todavia,
em nome da praticidade, da produtividade e objetividade é preferível que o
apresentador o faça do seu lugar. Se a Loja preferir que o apresentador o
faça entre as Colunas do Norte e do Sul no extremo do Ocidente, o Mestre
de Cerimônias então deve conduzir o apresentador ao lugar devido. Feita a
apresentação, novamente o Mestre de Cerimônias o conduz, desta vez em
retorno.
- Na verdade essa
prática não trata especificamente de saudação, porém de modo protocolar
utilizado comumente por aquele que faz o uso da palavra em Loja. A regra
simples para essa ocasião é a seguinte: o usuário da palavra fica em pé e,
por consequência fica à Ordem, o que significa se posicionar com o corpo
ereto, pés unidos pelos calcanhares em esq\ compondo com
a(s) mão(s) o Sinal do Grau (também conhecido como Sinal de Ordem). Com
essa postura assumida, ele protocolarmente se dirige à Loja (isso não é
saudação), primeiramente às Luzes, em seguida e de modo genérico às
autoridades se for o caso (sem a necessidade de mencioná-las uma a uma) e,
por fim, também de modo genérico, aos demais Irmãos. Concluído o protocolo,
ele faz o uso da palavra - nesse caso apresenta a sua peça de arquitetura.
Concluído, ele desfaz o Sinal na forma de costume e toma assento, ou, se
for o caso, segue o seu condutor.
É oportuno mencionar
que o Venerável pode autorizar depois de complementado o protocolo do uso da
palavra o protagonista a falar sem a composição do Sinal, sobretudo para tornar
a situação mais confortável para ele. Isso acontecendo o mesmo deve segurar o
texto com ambas as mãos. Concluída a sua apresentação, volta à Ordem e, antes
de se sentar, ou de acompanhar o seu condutor, desfaz o Sinal.
Ratifico: nenhum
desses casos considera-se saudação. É bem verdade que toda a saudação maçônica
é feita pelo Sinal, entretanto nem sempre o Sinal significa saudação. Saudação
maçônica, conforme especifica o ritual, é feita somente ao Venerável Mestre à
entrada e saída do Oriente ou às Luzes da Loja por ocasião da entrada formal
(após a Marcha do Grau) – são as minúcias da ritualística maçônica.
- Se o tempo for plausível e o assunto merecer
considerações o Venerável pode colocar a palavra nas Colunas e no Oriente,
porém seguindo o giro costumeiro (a partir do Sul). Saliente-se que essas
considerações são relativas às peças de arquitetura que possuam o caráter
instrutivo ou cultural. Já uma peça de arquitetura produzida para aumento
de salário deve ser apresentada na Ordem do Dia para que, a partir dela,
sejam tomadas as providências de costume (transformação da Loja, cobertura
do Templo, votação, etc.). Peça de arquitetura que objetiva aumento de
salário não é matéria de quarto de hora de estudos, mas sim da Ordem do
Dia, pois dela resultará votação.
Eram essas as considerações a respeito,
lembrando que todo assunto debatido e comentado em períodos anteriores à
Palavra a Bem da Ordem não carecem mais de repetições com palavreados que redundantes
e que nada mais tem a acrescentar.
T.F.A.
PEDRO
JUK
JUNHO/2018
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