Em 20/07/20219 o Respeitável Irmão Henry Marinho, Loja D. Pedro I, 13,
REAA, Grande Loja Maçônica do Maranhão (CMSB), Oriente de São Luís, Estado do
Maranhão, apresenta a questão seguinte:
INCINERAÇÃO DA PAL. SEMESTRAL
Respeitabilíssimo Mestre Pedro Juk, meus respeitos
e minhas saudações fraternais. Agradeço muito o envio do e-mail e aqui estou
novamente. A fim de encurtar o seu tempo, vou expor o assunto que me trouxe à
sua procura.
Trata-se dos procedimentos sobre à queima
ritualística da Palavra Semestral.
Lembro-me de ter lido em algum lugar que este ato
era realizado num dos cantos do Oriente, com o Mestre de Cerimônias levando o
papel na ponta da espada e queimando após ordem do Venerável.
Por favor, nos ilumine, Mestre Pedro Juk.
CONSIDERAÇÕES.
É sabido que essa Palavra Semestral só é
transmitida àqueles que possuem penhor de regularidade.
Não sendo um costume universal, essa prática
teve sua origem na França e é ainda parte dos procedimentos nas Obediências que
adotam principalmente ritos oriundos da vertente latina de Maçonaria.
Assim, geralmente de seis em seis meses, o
Grão-Mestre emite uma palavra que serve como uma espécie de senha de
reconhecimento para comprovar a regularidade do maçom (frequência e obrigações
pecuniárias).
Devido ao seu caráter sigiloso, é comum que o
papel que recebe a palavra por escrito seja destruído logo após ter ela sido
transmitida na forma de costume. Com isso, geralmente essa destruição se dá por
incineração diante de todos os presentes como prova de que ela desapareceu.
Entretanto, esse costume de destruí-la por
incineração “in loco” paulatinamente tem sido abandonado pelas Lojas, sobretudo pelas
circunstâncias de se poluir o ambiente com fumaça. Assim, a sua destruição fica
a cargo do Venerável Mestre que preferencialmente a faz em lugar apropriado e fora
do ambiente da sala da Loja.
Algumas Lojas, entretanto, no intuito de
preservar essa tradição continuam a fazer a sua incineração dentro da Loja, não
se importando com o desconforto que essa atitude porventura possa causar. Assim,
se for esse o caso, destaco que não existe liturgia para a essa incineração. Também
não existe nenhuma formalidade que aponte a existência de conotações esotéricas
para esse ato.
Concluindo, destruir os vestígios materiais que
possam existir envolvendo a Palavra Semestral é simplesmente um ato de proteger
o seu sigilo. Para tal não há formalidade especial. Sem invencionices, como a
de espetar a palavra feito um churrasco, basta fazer com que seu registro
desapareça e fique só gravada na memória dos Irmãos.
T.F.A.
PEDRO JUK
OUT/2019
No caso do GOB, até um tempo atrás, a Palavra Semestral era enviada às Lojas por meio de um envelopinho fechado. No final da sessão, com os obreiros reunidos para a Cadeia de União, o Venerável abria o envelopinho para decifrar a Palavra Semestral, que vinha ao contrário (de trás para a frente). Após passar a Palavra, incinerava a mensagem escrita.
ResponderExcluirAtualmente, o Venerável recebe a Palavra Semestral por meio do Grande Oriente Estadual e a decifra pelo alfabeto maçônico. Não há necessidade de imprimir (só se o Venerável desejar). Não imprimindo, a incineração em Loja é dispensada.
Antonio do Nascimento, MM (Inst.)
Loja Acácia da Colina 4220 - GOB
Oriente de Piracicaba (SP)
Obrigado pelo comentário e pela visita. Fraterno Abraço.
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