Em 18/08/2019 o Respeitável Irmão Josélio Carvalho, Loja Libertas Quae
Sera Tamen, 1.180, REAA, GOB-MG, sem mencionar o nome do Oriente, Estado de
Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:
ESTANDARTE DA LOJA
1. Há obrigatoriedade
de ser confeccionado em alguma cor específica ou pode ser em qualquer uma?
2. 2. Há algum símbolo
obrigatório? Há algum proibido?
3. 3. Há algum 'dizer'
obrigatório? Há algum proibido?
Em resumo, o que é
obrigatório, permitido, tolerado ou proibido na confecção de um estandarte.
Pelo fato de o
estandarte ter que passar por sagração, acredito que deva ter regras para sua
confecção.
Agradecemos a você
por compartilhar seus conhecimentos conosco.
CONSIDERAÇÕES.
Em Maçonaria o estandarte identifica uma Loja como corporação maçônica.
É uma espécie de bandeira retangular, com letreiros, brasões, símbolos
distintivos, etc., que aparece pendente de uma haste.
Nesse sentido, com o caráter de representação, toda Loja maçônica possui
o seu estandarte. Construído como uma insígnia, deve conter símbolos maçônicos
e palavras que o definem como representante da Oficina. Obviamente é
recomendável que o estandarte traga no seu conteúdo, além do nome da Oficina,
também a Obediência a que pertence, data de fundação, rito, etc.
No tocante às suas questões propriamente ditas, eu desconheço qualquer obrigatoriedade
de cor, embora o critério para escolha deva seguir os limites do bom senso,
dando-se preferência aos matizes que se identifiquem com o rito e a Obediência.
"Símbolo obrigatório" não é o caso, porém é de melhor destaque aquele,
ou aqueles que combinem com o nome da Loja. "Proibido", por óbvio todos
os que sejam elementos estranhos à mensagem heráldica. "Dizer obrigatório"
(sic), que pelo menos o estandarte traga o nome da Oficina, Rito,
Obediência e Oriente onde se situa a Loja.
A questão de sagração de estandarte nem é algo assim tão original na
Maçonaria, porém no GOB existe cerimonial especial regido por ritual em vigência,
o que faz dele um ato obrigatório. Compreenda-se que esse não é um atenho de
sagração religiosa, mas de uma consagração para dar dignidade ao símbolo da Corporação
Maçônica.
Lamentavelmente muitos costumes se perderam, provavelmente pela incompreensão
do porquê da existência de muitos símbolos na liturgia maçônica. O estandarte,
como símbolo identificador da Oficina, somente deveria ser hasteado, ou
arvorado, quando a Loja estivesse aberta, devendo ser guardado após o
encerramento dos trabalhos. Originalmente, para ritos que possuem um oficial
apropriado para conduzir o estandarte, como é o caso do Porta-Estandarte, este
deveria, assim que a Loja fosse declarada aberta, arvorá-lo no Oriente;
recolhendo-o no encerramento para guarda-lo posteriormente. Obviamente que esse
é apenas um comentário, pois não é procedimento previsto no ritual.
T.F.A.
PEDRO JUK
NOV/2019
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