Em 07.08.2022 o Respeitável Irmão José Luiz Horner Silveira, Loja Renovação, 3387, REAA, GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresenta o que segue
MARCHA DO APRENDIZ REAA
Em primeiro lugar parabéns pelo serviço prestado à Maçonaria em geral e
ao GOB em particular. Lendo as orientações no Sistema de Orientação
Ritualística do GOB, verifiquei que a posição dos pés no momento da composição
do sinal de ordem foi alterada, pé esquerdo não mais fica voltado para frente e
sim acompanhando as linhas oblíquas do pavimento mosaico.
Mas minha dúvida é em relação a marcha do grau. Acredito que ficará
esquisito executar a marcha com os pés nesse sentido.
A marcha deverá ser executada com os pés no sentido das linhas do
pavimento mosaico, tipo o andar do Charlie Chaplin? Ou executamos com o pé
esquerdo voltado para frente?
CONSIDERAÇÕES.
Inicialmente eu gostaria de comentar que a posição dos pés não foi
alterada, mas corrigida, posto que de há muito fazia-se essa composição de modo
equivocado, sobretudo porque o pavimento mosaico andou por longo tempo aparecendo
no centro do Ocidente na forma de um limitado tabuleiro de xadrez. Isso não
pertence ao REAA.
Sem dúvida, essa decoração equivocada no piso acabou contribuindo para que
a formação da esq∴ com os pp∴ tomasse referência na distribuição do tabuleiro, no caso o pé esquerdo
apontado para frente.
Contudo, para o bem da originalidade do rito, desde 2009 o ritual do
REAA no GOB passou a trazer acertadamente o pavimento mosaico cobrindo todo o Ocidente
da Loja e distribuído de modo oblíquo.
É bom que se diga que os quadrados brancos e negros dispostos no piso
regulam os passos nas marchas de Aprendiz e de Companheiro. A junção diagonal entre
as peças (juntas) serve de modelo aproximado para a posição dos pés. Cada um
dos quadrados assentados de modo oblíquo do pavimento também serve para regular
cada passo sobre o eixo do templo.
Sobre a forma de dar os passos, em se tomando o grau de Aprendiz como
exemplo, eles ocorrem normalmente, isto é, andando de frente para o Oriente e
não de lado. Também não existe o costume de se arrastar os pés durante a
marcha.
Sem excessos de preciosismo, como dito, o pavimento construído de modo oblíquo
direciona a posição dos pés, contudo não há exigência meticulosa de que a
abertura da ponta dos pés acompanhe milimetricamente as linhas oblíquas do pavimento.
Obviamente que ninguém vai executar a marcha andando como o personagem de
Charles Chaplin no cinema. Absolutamente não se trata de nada disso. O pavimento
disposto obliquamente é um elemento referencial nesse caso.
Vale a pena lembrar que na construção do primeiro ritual para o
simbolismo do REAA em 1804 na França, os passos ainda não eram nem divididos
por grau. Davam-se simplesmente oito passos normais. Na época, nem mesmo se
falava em pés em esq∴ na marcha e muito menos em pavimento mosaico.
Com o passar do tempo e o aperfeiçoamento dos rituais, as práticas
ritualísticas passaram a se sacramentar. No caso dos oito passos normais, eles
acabariam divididos entre os três graus do simbolismo e paulatinamente
assumiram a forma atualmente conhecida.
Ao concluir reitero que em nenhuma situação, no REAA, o pé esquerdo fica
literalmente apontado para frente. A esq∴ com os pp∴ é formada tendo a ponta dos pp∴ afastados para ambos os lados de um eixo imaginário. O corpo deve dicar
posicionado de frente, não de lado como que com o pé e o ombro esquerdo voltados
para frente. A propósito, lembro que a marcha do Aprendiz no REAA é rompida
sempre com o pé esquerdo e sem nenhum arrastar dos pés.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
JAN/2023
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