Em 11/04/2019 o Irmão Moacir Alves Pinto, Loja Alderico dos Reis Petra,
3.464, Rito Brasileiro, GOB-PR, Oriente de Colombo, Estado do Paraná solicita o
seguinte esclarecimento:
A COR DO TRAJE MAÇÔNICO.
Gostaria de realizar uma
consulta com referência à trajes maçônicos, sei que o avental é o traje
indispensável ao maçom em Loja, mas dentro dos preceitos maçônicos, usa-se o
balandrau preto como uma indumentária, na qual podemos ver até seu uso na
categoria econômica, mas ao meu ver o uso do terno em sessões é o mais
recomendado, minha pergunta na realidade reside no sentido de saber do irmão
quando da utilização do terno em sessões administrativas, ritualística ou
magna.
Qual podem ser as cores
dos referidos ternos, seguindo o que é recomendado pela nossa Potência.
CONSIDERAÇÕES.
Como bem comentou o Irmão, o traje maçônico
verdadeiro é o Avental.
Terno, balandrau e outros que porventura
existam são costumes e nada neles têm de iniciático, muito embora alguns
autores “ainda insistem e achem” que a cor “esotericamente” interfere nos trabalhos.
Na realidade isso é crença particular e não deveria fazer parte do relicário de
aperfeiçoamento maçônico.
No Brasil, herdamos o costume do uso terno preto,
ou do parelho, da Igreja – na realidade do “traje de missa”. Cabe mencionar que
o terno é composto por três peças (calça, colete e paletó), enquanto o parelho por
duas peças (calça e paletó).
Traje maçônico pelo mundo é uma questão de
costume e de cultura, já que em muitos países os maçons vestem-se até em “manga
de camisa”, trajes de passeio e até o típico como os albornozes árabes, por
exemplo. Militares usam uniforme militar, outros adotam o terno, e assim por
diante. Registre-se que no florescimento da Moderna Maçonaria (século XVIII) o
modo de se vestir era bem diferente do atual e isso não mudou a Maçonaria na
sua essência.
Diante disso, não há como se achar que esse traje
é melhor do que aquele, ou mesmo que exista um vestuário maçônico, salvo o Avental,
de adoção única no mundo. O que o maçom precisa sim é estar com o seu avental
vestido sobre um traje decente e respeitoso.
Em se tomando de exemplo o Brasil, o traje maçônico
por aqui geralmente é adotado pelos Ritos e a sua utilização consta no respectivo
ritual.
Nesse sentido, é bem verdade que alguns ritos
adotam apenas o terno preto ou escuro (azul marinho), embora este seja mesmo o
parelho, constituído por duas peças. Outros, entretanto, admitem além do terno,
o uso do balandrau nas suas sessões ordinárias (econômicas), exigindo o terno
apenas para as sessões magnas.
Obviamente que o terno como vestuário é
acompanhado de camisa branca, sapatos, cinto e meias pretas e a gravata de
estilo e cor conforme a adotada pelo rito.
No tocante à cor do terno, esse deve ser preto
ou azul escuro (os rituais que determinam). Os que admitem também o balandrau o
condiciona como uma veste talar (até os talões) de cor preta e sem que haja
nele gravuras e bordados.
O matiz preto é apenas por uma questão de uniformidade
e sobriedade, sem que nele nada haja de simbólico ou doutrinário.
Por óbvio cada rito maçônico tem o seu ritual
e nele consta o traje que deva ser usado. Assim, nada a discutir nesse sentido,
senão seguir o que está previsto no protocolo.
No caso do Rito Brasileiro, o seu ritual é bem
claro nesse particular. Nele consta na sua página 62: “Os maçons presentes às Sessões Ordinárias e obrigatoriamente nas
Magnas estarão trajados de acordo com o Rito, terno, sapatos, cinto e meias na cor
preta (o grifo é meu),
camisa...”. Ainda no parágrafo seguinte da mesma página: “Nas demais sessões admite-se o uso do balandrau
preto (o grifo é meu), com gola
fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas...”. Em que pese o
texto esteja um pouco confuso ao mencionar “nas demais sessões”, ele é claro no
que diz respeito à cor do terno e do balandrau – a cor vigente, segundo o que é
recomendado na nossa Potência é a preta.
T.F.A.
PEDRO JUK
AGO/2019.
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