Em 25/09/2019 o Respeitável Irmão Flávio José Martins, Loja Igualdade e
União Brasil, GOB-GO, REAA, Oriente de Acreúna, Estado de Goiás, apresenta a
seguinte questão.
TEMPO PARA O USO DA PALAVRA
Minha dúvida é se
há um limite de tempo para uso da palavra quando “PALAVRA A BEM DA ORDEM EM
GERAL E DO QUADRO EM PARTICULAR”, ou o Irmão pode falar o quanto tempo desejar?
Sei que sempre deve
prevalecer o bom senso.
CONSIDERAÇÕES.
Pois
é, infelizmente existem Irmãos que, evocando o direito da liberdade, pedem a
palavra e proferem discursos longos e rançosos, quando não, ainda sobre
assuntos que nem dizem respeito à Ordem em geral e nem ao Quadro em particular.
Esses tagarelas maçônicos, além de inconvenientes, incomodam os outros amiúde.
Entenda-se
então que se eles evocam o direito da liberdade de falar, os ouvintes também
podem evocar o direito de não ouvir baboseiras recheadas de palavreados
infrutíferos.
Nesse
caso, quando houver excessos e repetições, o Venerável Mestre deve providenciar
uma Sessão de Instrução para ensinar como se deve usar da palavra em Loja. Para
tal deve evocar, por exemplo, o primeiro trivium das Sete Artes e
Ciências Liberais (objeto de estudo do maçom) que trata da Gramática, Retórica
e Lógica. Assim, um maçom deve só utilizar a palavra se for para contribuir com
os objetivos maçônicos, sendo prático e conciso na sua fala se expressando com
clareza e fluidez. Não ser repetitivo no contexto da sua manifestação e nem reproduzir
discursos dos que o antecederam também é atitude correta.
Se
mesmo assim a tagarelice persistir, o caso é chamar a atenção dentro dos
princípios maçônicos. O Orador evocando a disciplina dos usos e costumes pode também
intervir nessas situações, inclusive alegando respeito ao direito de todos,
pois se o que fala em demasia se acha no direito de assim proceder, há também o
direito dos demais que não são obrigados a ouvir excessos. Na prática do
direito, não há como confundir tolerância com indulgência.
Outra
boa maneira de calar os tagarelas é o Venerável não os
autorizar a falar à vontade, isto é, sem o Sinal de Ordem enquanto produzem
suas verborragias. Com o desconforto de permanecer por muito tempo com o Sinal
de Ordem, é certo que muitos falantes irão preferir ficar de boca fechada.
Para isso, entretanto, é preciso que os Veneráveis
não fiquem a todo o momento dispensando a composição do Sinal. Entenda-se que a
boa geometria recomenda só dispensar o Sinal quando de fato existir necessidade.
Dispensa de sinal na hora da fala é um recurso esporádico e não corriqueiro.
Certamente, com o Sinal composto muitos
desses dissabores serão evitados e o Secretário ficará bastante satisfeito por não
ter que reproduzir extensos discursos desnecessários.
T.F.A.
PEDRO JUK
DEZ/2019
Muito elucidativo seus comentários e instrucões. T.f.a.
ResponderExcluirObrigado pela visita. TFA.
ExcluirGostei, perfeito.
ResponderExcluir