quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

TEMPO LIMITADO NO USO DA PALAVRA


Em 25/09/2019 o Respeitável Irmão Flávio José Martins, Loja Igualdade e União Brasil, GOB-GO, REAA, Oriente de Acreúna, Estado de Goiás, apresenta a seguinte questão.

TEMPO PARA O USO DA PALAVRA


Minha dúvida é se há um limite de tempo para uso da palavra quando “PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL E DO QUADRO EM PARTICULAR”, ou o Irmão pode falar o quanto tempo desejar?
Sei que sempre deve prevalecer o bom senso.

CONSIDERAÇÕES.

Pois é, infelizmente existem Irmãos que, evocando o direito da liberdade, pedem a palavra e proferem discursos longos e rançosos, quando não, ainda sobre assuntos que nem dizem respeito à Ordem em geral e nem ao Quadro em particular. Esses tagarelas maçônicos, além de inconvenientes, incomodam os outros amiúde.
Entenda-se então que se eles evocam o direito da liberdade de falar, os ouvintes também podem evocar o direito de não ouvir baboseiras recheadas de palavreados infrutíferos.
Nesse caso, quando houver excessos e repetições, o Venerável Mestre deve providenciar uma Sessão de Instrução para ensinar como se deve usar da palavra em Loja. Para tal deve evocar, por exemplo, o primeiro trivium das Sete Artes e Ciências Liberais (objeto de estudo do maçom) que trata da Gramática, Retórica e Lógica. Assim, um maçom deve só utilizar a palavra se for para contribuir com os objetivos maçônicos, sendo prático e conciso na sua fala se expressando com clareza e fluidez. Não ser repetitivo no contexto da sua manifestação e nem reproduzir discursos dos que o antecederam também é atitude correta.
Se mesmo assim a tagarelice persistir, o caso é chamar a atenção dentro dos princípios maçônicos. O Orador evocando a disciplina dos usos e costumes pode também intervir nessas situações, inclusive alegando respeito ao direito de todos, pois se o que fala em demasia se acha no direito de assim proceder, há também o direito dos demais que não são obrigados a ouvir excessos. Na prática do direito, não há como confundir tolerância com indulgência.
Outra boa maneira de calar os tagarelas é o Venerável não os autorizar a falar à vontade, isto é, sem o Sinal de Ordem enquanto produzem suas verborragias. Com o desconforto de permanecer por muito tempo com o Sinal de Ordem, é certo que muitos falantes irão preferir ficar de boca fechada.
Para isso, entretanto, é preciso que os Veneráveis não fiquem a todo o momento dispensando a composição do Sinal. Entenda-se que a boa geometria recomenda só dispensar o Sinal quando de fato existir necessidade. Dispensa de sinal na hora da fala é um recurso esporádico e não corriqueiro.
Certamente, com o Sinal composto muitos desses dissabores serão evitados e o Secretário ficará bastante satisfeito por não ter que reproduzir extensos discursos desnecessários.


T.F.A.

PEDRO JUK


DEZ/2019

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